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VIDA URBANA

Arlinda Marques realiza 324 cirurgias neurológicas

Além dos procedimentos cirúrgicos, foram realizados 877 atendimentos ambulatoriais.

Publicado em 19/02/2015 às 7:29 | Atualizado em 21/02/2024 às 16:17

O Complexo de Pediatria Arlinda Marques (CPAM), que integra a rede hospitalar do Estado, aumentou em 107% os procedimentos cirúrgicos na área de neurocirurgia em 2014 com redução média de 23% nos custos por paciente. No ano passado, foram realizadas 324 cirurgias neurológicas contra 156 em 2013. Além dos procedimentos cirúrgicos, foram realizados 877 atendimentos ambulatoriais.

Os dados foram apresentados pelo diretor geral da unidade de saúde, Bruno Leandro de Souza, ao afirmar que o Arlinda Marques desponta como o maior serviço infantil da Paraíba, com enfoque principal em alta complexidade e destaque para a área de neurocirurgia infantil. De acordo com o diretor geral, é importante ressaltar que, além do aumento de procedimentos, houve diminuição dos custos médios por cirurgias em 23%, mesmo sendo introduzidas novas tecnologias como neuronavegação magnética, “que garante resultados cirúrgicos mais precisos e menor índice de sequelas nos pacientes com problemas neurológicos, tais como malformações congênitas e tumores” , explicou Bruno Leandro de Souza.

Ele disse ainda que o Hospital Arlinda Marques, em João Pessoa, foi o primeiro serviço público de saúde das regiões Norte e Nordeste a investir em alta tecnologia com redução de custo e utilizando a prototipagem no tratamento cirúrgico dos pacientes.

Um dos destaques do Serviço Neurocirurgia Pediátrica foi o de uma criança com Síndrome de Down que voltou a andar após passar por um procedimento cirúrgico. “Minha filha renasceu. Ela voltou a viver. E o que me deixa mais feliz é ver o sorriso estampado no seu rosto”, comemorou a agricultora Odete Maria de Assis, 57 anos. Ela reside no município de Cajá (Caldas Brandão) e é mãe da adolescente Maria Edlane da Silva, de apenas 15 anos de idade.

Odete Maria contou que sua filha nasceu com Síndrome de Down, mas até os 13 anos brincava e estudava como as demais crianças da sua idade. Depois dessa idade, passou a perder os movimentos do corpo e apresentar outros problemas de saúde. Em novembro de 2013, ela foi trazida ao Hospital Arlinda Marques e passou a ser atendida pelo neurologista Christian Diniz Ferreira, que é chefe do setor.

Ele lembra que a criança chegou ao hospital sem os movimentos dos braços e das pernas e por isso precisava urgente de uma intervenção cirúrgica. O procedimento realizado foi uma fixação atlanto axial, que teve o objetivo de corrigir a instabilidade das duas primeiras vértebras cervicais (atlas e axis). De acordo com o médico, 60% dos pacientes portadores de síndrome de Down apresentam frouxidão nos ligamentos, como foi o caso da adolescente Maria Edlane da Silva. Passado todo esse período de avaliação e acompanhamento médico, a criança voltou ao hospital no dia 6 de novembro do ano passado já caminhando e com todos os movimentos dos braços e pernas recuperados. Depois de feita a avaliação, o médico Christian Diniz Ferreira solicitou um raio X do local da cirurgia e um exame de urina apenas para controle. “Ela está bem, a recuperação está dentro do esperado e a cirurgia foi um sucesso”, comemorou o neurologista.

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Jornal da Paraíba

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