VIDA URBANA
Aspol reclama de aumento diferente para agentes e delegados
Paralisação ocorre nesta quinta-feira e pode resultar em declaração de greve da categoria. Agentes e escrivãos pedem reajuste semelhante aos delegados.
Publicado em 07/10/2009 às 15:40
Da Redação
Em entrevista à Rede Paraíba Sat, na tarde desta quarta-feira (7), o presidente da Associação dos Policiais Civis de Carreira (Aspol), Flávio Moreira, explicou os motivos da paralisação desta quinta-feira (8), que durará 24h, começando às 8h. Ele ainda denunciou um aumento excessivo do salário dos delegados em detrimento do salário dos agentes e escrivãos.
Segundo Flávio, os policiais civis esperam há oito meses por uma resposta do governo do Estado e que o primeiro prazo dado ao governo para uma negociação tinha sido até maio deste ano. Depois, o Estado teria pedido mais um prazo até 30 de setembro e que, em seguida, o secretário de segurança, Gustavo Gominho, teria pedido em nome do governador um alargamento de prazo até 14 de outubro.
Os agentes reivindicam um reajuste de 63%, além da devolução de 50% da gratificação de risco de vida que, segundo o sindicato, foi retirada no governo Maranhão II e restituída pela metade, no fim do governo de Roberto Paulino.
A Aspol reclama de reajustes diferenciados que foram feitos dentro da polícia e menciona o aumento do salário dos delegados, que segundo a associação, foi de 230%, enquanto que aos agentes foi oferecido apenas R$ 300.
Flávio Moreira argumentou também que o governo do estado está descumprindo uma lei federal que determina o pagamento dos subsídios em parcela única e que não haja perda salarial nas aposentadorias.
Defensores Públicos
O presidente do sindicato dos defensores públicos da Paraíba, Levi Borges, também deu entrevista a Rede Paraíba Sat na tarde desta quarta-feira (7) e falou sobre a greve da categoria iniciada na última segunda-feira.
Levi Borges explicou que o novo governo da Paraíba teria prometido, através da defensora geral do Estado, Fátima de Lourdes Lopes Correia Lima, um reajuste de R$ 2 mil. Mas, segundo o sindicato, o dinheiro não saiu e o Secretário de Finanças, Marcos Ubiratan, teria dito que o Estado não teria condições de pagar.
O sindicalista informou ainda que 85% dos defensores públicos da Paraíba estão em greve, ao contrário da afirmação da defensora geral, que disse que 70% dos defensores estariam trabalhando.
Ele também denunciou supostas represálias por parte da defensora geral do Estado que teria cortado o vencimento de 82 defensores e teria colocado uma guarnição da polícia militar em frente ao prédio da defensoria pública da Paraíba para conter manifestações dos grevistas, no dia do anúncio oficial da greve.
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