VIDA URBANA
Associação diz que distribuição de bolsa de colostomia será suspensa
Empresa distribuidora dos insumos deve parar de fornecer as bolsas por falta de pagamento da PMJP, diz presidente de associação.
Publicado em 21/02/2015 às 6:00 | Atualizado em 21/02/2024 às 16:16
Pacientes ostomizados na Paraíba, que necessitam de bolsas de colostomia para realizar necessidades fisiológicas, podem parar de receber as órteses. De acordo com a enfermeira presidente da Associação dos Ostomizados da Paraíba, Margareth Bonifácio, a empresa distribuidora dos equipamentos deve parar de fornecer as bolsas por falta de pagamento da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP).
“Estive com o pessoal da distribuidora e eles disseram que iam parar de fornecer porque não receberam o dinheiro da prefeitura. Já a prefeitura diz que não recebeu o incentivo para pagar, mas o usuário não pode ficar sem isso”, denunciou. “A bolsa de colostomia é como um alimento para o ostomizado, é vital para ele. É algo onde vai estar sendo eliminado ou as fezes, ou a urina, e é de uso contínuo”, esclareceu Bonifácio.
A enfermeira revelou que quase 800 pessoas ostomizadas recebem as bolsas pela PMJP. “Alguns usam 15 bolsas, mas outros, por questões orgânicas, usam 20 ou mais. O médico prescreve a quantidade precisa, mas esses pacientes não estão recebendo o necessário. Dependendo do paciente, o uso é de 24h e no máximo três dias, e algumas custam entre R$ 40 e R$ 60”, informou.
Segundo Margareth Bonifácio, muitos pacientes vêm de cidades vizinhas, como Sapé e Cabedelo, receber as bolsas através de um pacto com João Pessoa. “Se eles não usarem, vai dar dermatite, pode provocar queimadura e assadura, problemas sérios de pele. Fica muito mais caro tratar a pele do paciente com problemas causados pela falta da bolsa do que comprar o equipamento”, argumentou.
O fornecimento das bolsas é feito no setor de Órteses e Próteses, localizado no Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais) de Jaguaribe. “O pessoal é muito disciplinado, faz avaliação do ostoma e faz a distribuição, mas já está enxugando essa divisão”, disse.
De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a direção do setor repassou informações de que não há pendência entre a SMS e a empresa fornecedora das bolsas de colostomia e urostomia. Ainda de acordo com as informações, a distribuição das bolsas está acontecendo normalmente, com atendimento diário de 40 pacientes. Mensalmente, cada usuário pode receber 30 bolsas com uma peça apenas e 20 bolsas que possuem até duas peças.
A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA entrou em contato com a direção do Setor de Órteses e Próteses, por meio de ligações telefônicas, mas estas não foram atendidas até o fechamento da edição.
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