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VIDA URBANA

Atrasos de repasses prejudicam atendimentos na AACD em CG

A instituição encontra dificuldades para manter, atualmente, o atendimento mensal a uma média de 893 pacientes.

Publicado em 22/12/2015 às 9:20

Uma entidade que tem sido a esperança de muitos adultos e jovens que precisam de atendimento especial está passando por dificuldades em Campina Grande. Atraso de repasses, déficit de profissionais e uma fila de espera de mais de 300 pessoas são obstáculos que a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) Campina Grande, inaugurada em 2014, encontra atualmente para manter o atendimento mensal a uma média de 893 pacientes, oriundos de várias cidades paraibanas e até de estados vizinhos, como Pernambuco e Rio Grande do Norte.

As primeiras denúncias sobre o problema foram feitas pelo vereador Galego do Leite, que externou a preocupação com o atendimento dos pacientes da unidade. “A AACD enviou ofício ao Governo do Estado e à Prefeitura de Campina Grande cobrando os repasses atrasados, porque isso pode prejudicar a manutenção dos serviços. Não é uma denúncia, e sim um apelo para que quem necessita tanto não seja prejudicado”, disse. Conforme o parlamentar, o Estado possui cinco meses de repasse atrasado, que totalizam R$ 324.500, já a PMCG, teria atrasado quatro meses, totalizando uma dívida de R$ 296 mil.

Questionada sobre essas dificuldades, a gerente administrativa da AACD em Campina Grande, Luciana Martins, informou que a entidade está em negociação com a prefeitura e o Estado, mas não quis entrar em detalhes sobre o assunto. A representação da AACD nacional foi procurada para comentar o caso, mas não obtivemos respostas. A AACD oferece atendimento de terapia ocupacional, fisioterapia aquática, fisioterapia solo, psicologia, fonoaudiologia, pedagogia, dentre outros a pacientes com deficiências crônicas ou sequelas temporárias.

Conforme o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, o atraso aconteceu por alguns fatores burocráticos e também pela dificuldade orçamentária do município. No entanto, Romero Rodrigues garantiu que ainda este ano a prefeitura fará um repasse à instituição, de pelo menos, uma parcela atrasada. “Aconteceram alguns problemas burocráticos, dentre eles, uma dúvida em relação à prestação de contas da entidade, além dessa crise financeira que estamos passando e tivemos que priorizar a folha de pessoal, mas garanto que até o final do ano vamos fazer um novo repasse para a AACD, porque entendemos a importância desse serviço”, afirmou.

O prefeito anunciou ainda que levará uma proposta para a instituição nos próximos dias, que será contratar pessoal da entidade, que entraria na folha de pagamento da prefeitura. “Ao invés de trabalharmos com convênio, os recursos agora destinados seriam para pagar pessoal, e aí melhoraria a condição da unidade. Essa proposta é boa para eles, porque cumpre essa demanda. Então, se a direção compreender que essa metodologia é melhor, iremos colocá-la em vigor a partir do próximo ano”, explicou Romero Rodrigues.

A reportagem tentou contato com as secretarias de Finanças e de Saúde do Estado para questionar o atraso dos repasses à AACD, mas até o fechamento dessa edição, nossas ligações não foram atendidas.

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Jornal da Paraíba

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