Atuação intersetorial na orientação e capacitação

A técnica da Área de Saúde da Criança e do Adolescente da Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa (SMS) Jane Moraes disse que a gravidez na adolescência se torna preocupante no nosso modelo social porque espera-se que haja maturidade da mulher, estabilidade e autonomia financeira para depois iniciar uma vida familiar com ou sem geração de filhos.

“É consenso que este momento da adolescência requer uma atenção especial, pois trata-se de um período da vida humana com base no aparecimento inicial das características sexuais secundárias para a maturidade sexual, pelo desenvolvimento de processos psicológicos e de padrões de identificação que evoluem da fase infantil para a adulta, e pela transição de um estado de dependência para outro de relativa autonomia, como preza a Organização Mundial de Saúde”, afirmou.

De acordo com Jane Moraes, a gravidez na adolescência se tornou um importante tema de debate e alvo de políticas públicas, onde as principais ações da Prefeitura Municipal de João Pessoa, que segue as diretrizes nacionais da Política de Direitos Sexuais e Reprodutivos, atuando de forma intersetorial, por meio de diversas secretarias, desenvolvendo ações que buscam informar o público adolescente, capacitar seus profissionais, trabalhando de forma articulada e descentralizada, no sentido de reduzir a ocorrência de gravidez na adolescência.

CONSEQUÊNCIAS
Para a técnica Jane Moraes, gravidez e adolescência, juntas, trazem sérias consequências para todos os familiares, mas principalmente para os adolescentes envolvidos, já que envolvem crises e conflitos, devido a esses jovens não estarem preparados emocionalmente e nem mesmo financeiramente para assumir a responsabilidade de cuidar e manter uma criança.

“Isso faz com que muitos adolescentes saiam de casa, cometam abortos, deixem os estudos, abandonem as crianças sem saber o que fazer, ou fujam da própria realidade. Caso a gravidez aconteça, é necessário muito apoio da família e um cuidado especial durante o pré-natal, para que este se desenvolva sem riscos para a adolescente”, observou.