VIDA URBANA
Aulas são paralisadas no IFPB
Durante todo o dia, foram feitos intervalos nas aulas, para que os servidores acompanhassem a 10ª Reunião do Conselho Superior da Instituição.
Publicado em 08/05/2012 às 6:30
Na manhã de ontem, as aulas no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) foram parcialmente paralisadas em todos os campi da instituição para acompanhar a 10ª reunião ordinária do Conselho Superior da Instituição (Consuper). Os servidores do campus de João Pessoa também aproveitaram a oportunidade para reivindicar direitos que, conforme o grupo, estão sendo negados.
As aulas foram ministradas pela manhã no IFPB até as 9h30, no turno da tarde as aulas aconteceram até as 15h, para que os servidores pudessem avaliar os resultados da reunião do Conselho, e só foram retomadas às 18h, com nova pausa às 20h, quando foram discutidos projetos de expansão. O dia inteiro foi de mobilização com a realização de debates sobre a democratização da Instituição e o cumprimento das reivindicações da categoria já aprovadas pelo Consuper, mas que não foram executadas pela reitoria da Instituição.
De acordo com integrantes do Sindicato dos Trabalhadores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica da Paraíba (Sintef-PB), a reitoria da instituição não tem cumprido com as deliberações do Consuper, fazendo com que, por exemplo, os docentes da instituição não tenham direito a progressão por titulação, o que tem gerado defasagem no salário dos profissionais e, consequentemente, evasão de docentes.
“Nossa mobilização é em favor de uma pauta de reivindicações que não foi cumprida. A instituição é gerida por um Conselho, mas o que o reitor tem feito é anular resoluções, assiná-las, mas não cumpri-las. Ele não respeita a instância superior, quando é preciso entender que o IFPB não é gerido por um gestor e sim por um colegiado”, pontuou Wolhfagon Costa, coordenador geral do Sintef-PB.
Ainda conforme o Sintef-PB, todos os campi do IFPB devem contar com um Conselho Diretor formado por docentes, discentes, servidores e direção, entretant, a maioria dos campi não o possui. “O que tem acontecido é que o IFPB é gerido apenas por uma pessoa, como se fosse um colégio. Com isso, as questões não são debatidas, não há construção,” afirmou Vânia Medeiros, coordenadora executiva do Sintef-PB.
Apesar do Sintef-PB garantir que todas as aulas interrompidas em decorrência da paralisação serão respostas, os alunos do IFPB se sentiram prejudicados. “Apesar de apoiar a reivindicação dos servidores para melhorias na instituição, nós ficamos prejudicados, porque estamos sem aula,” disse Ryan Montenegro, aluno do curso de Eletrônica.
A paralisação dos servidores foi decidida em assembleia realizada na última sexta-feira. Os professores do IFPB estão se articulando para apoiar a greve que será deflagrada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de ensino Superior (Andes) a partir do próximo mês.
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