VIDA URBANA
Cabedelo registrou o maior índice de chuvas no fim de semana
Maior índice pluviométrico foi registrado no litoral paraibano, especialmente em Cabedelo. Último relatório da Aesa detectou 80 açudes sangrando em todo o Estado.
Publicado em 25/05/2009 às 11:25
Karoline Zilah
Em todo o Estado, Cabedelo foi o município mais atingido pelas chuvas desde a madrugada do sábado (23) até esta segunda-feira (25), segundo dados da Agência Executiva de Gestão de Águas da Paraíba (Aesa).
Prova disso foi a indignação dos internautas, que registraram fotos do Centro de Cabedelo e de Intermares e enviaram ao Paraíba1 como forma de protesto aos alagamentos e aos problemas de drenagem e escoamento das águas.
O índice pluviométrico em Cabedelo chegou a 233ml, bem mais alto se comparado a João Pessoa, onde o nível chegou a 125ml. Os números, segundo avaliação do diretor técnico da Aesa, Laudísio Diniz, demonstram que a maior densidade de chuva se concentrou na região litorânea do Estado. Em Bayeux, choveu 114ml e em Santa Rita, 65ml.
Atualmente, 80 barragens sangram em todo o Estado. Devido à intensidade das chuvas no Litoral, a sangria do açude Gramame, localizado no Conde, subiu 8cm, de 34 para 42cm. No Sertão, Cariri e Curimataú a situação é o contrário: houve poucas alterações e alguns açudes, ao invés de sofrerem aumento em seus níveis de água, apresentaram uma diminuição.
É o caso do Epitácio Pessoa, localizado em Boqueirão, que baixou de 1,46m para 90cm. A barragem de Acauã também apresenta o mesmo perfil: chegou a 78cm de sangria e agora está em 38cm. De acordo com Laudísio Diniz, os números são um reflexo do final da estação chuvosa no interior do Estado.
A expectativa da Aesa agora é de que as barragens que não sangraram com as chuvas deste fim de semana alcancem sua capacidade máxima, o que vai garantir mais tempo de abastecimento de água para o Estado.
Situação em João Pessoa
Apesar de não ter registrado nenhuma ocorrência de destaque neste fim de semana, a Secretaria de Infraestrutura de João Pessoa registrou cerca de 20 pontos de alagamento em toda a cidade. No entanto, o assessor técnico da Defesa Civil, Alberto Sabino, acredita que este índice seja bem maior, uma vez que o número oficial é baseado na quantidade recebidas pelo órgão, e não expressa necessariamente todas as ocorrências.
Quanto as focos de deslizamento, as áreas de encosta são as que preocupam a Defesa Civil. Foram registrados pequenos deslizamentos de terra nos bairros do Roger, na comunidade Maria de Nazaré, que fica no bairro Funcionários II, e na rua João Úrsulo, no Cristo. Outros locais apresentam riscos, mas estão em fase de observação: bairro São José, Saturnino de Brito e Timbó.
A Defesa Civil informou que não houve desabamentos de casas, apesar de danos materiais, como as perdas de bens e eletrodomésticos. Segundo o órgão, não foi necessário fazer a remoção de nenhuma família neste fim de semana, mas muitas que moram em comunidades ribeirinhas estão em situação de risco às margens do rio Jaguaribe.
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