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VIDA URBANA

Cai número de obesos em JP

Capital reduziu número de obesos mas quantidade de habitantes com sobre peso é alta, segundo pesquisa da Vigitel.

Publicado em 01/05/2014 às 6:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 12:27

Em um ano, João Pessoa conseguiu reduzir a quantidade de habitantes obesos, mas registrou aumento no número de moradores que estão com sobrepeso. Foi o que revelou a Pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada ontem pelo Ministério da Saúde.

Segundo o estudo, 50,9% dos habitantes da capital acima de 18 anos possuíam sobrepeso, no ano passado. O índice era o 14º maior do Brasil, enquanto o percentual dos obesos chegava a 19,9%. Os números também mostraram que os dois tipos de problemas atingiam principalmente os homens.

Já em 2014, essa realidade mudou. Segundo a Vigitel, o índice de pessoas acima do peso subiu um pouco mais em João Pessoa ao longo dos últimos meses. O total aumentou em 0,4% e chegou a 51,3%, neste ano. Neste grupo, a maioria das vítimas permanece sendo do sexo masculino. Em João Pessoa, 59,3% dos homens estão com sobrepeso. Já entre as mulheres, esse índice é de 44,7%.

Entre os obesos, a situação apareceu um pouco diferente. O índice, que era de 19,9% no ano passado, passou para 17% em 2014. No entanto, a obesidade está afetando mais as mulheres.

Em João Pessoa, a doença já faz parte da vida de 18,3% das habitantes. Entre os homens, esse percentual é de 15,3%. O governo federal não divulgou a quantidade de pessoas que foram entrevistadas pela pesquisa em João Pessoa.

Apesar de considerar o resultado da pesquisa parcialmente positivo, o presidente da Sociedade de Endocrinologia da Paraíba, João Modesto Filho, afirma que os números ainda são motivo de preocupação. Na opinião do especialista, houve uma migração de pessoas entre os dois tipos de grupo. “As pessoas que estavam obesas conseguiram emagrecer e, agora, estão com sobrepeso. Saíram de um grupo com alto risco e passaram para outro grupo, com risco um pouco menor. Mesmo assim, a população precisa ficar atenta, porque o excesso de peso representa riscos à saúde”, observa.

Segundo o médico, a gordura que causa maior dano ao organismo é aquela que fica entre os órgãos localizados na área próxima ao abdômen. “Ela é chamada de gordura intraabdominal. Fica entre as vísceras do indivíduo, cria resistência à insulina e pode causar diabetes e gordura no sangue. Com isso, ocorrem doenças, como hipertensão, que podem levar à morte”, alerta.

Em excesso, a gordura abdominal altera a circunferência da cintura. “Nas mulheres, a medida da cintura não pode ser maior que 80 centímetros. Nos homens, não pode passar dos 94 centímetros. Quando a medida ultrapassa esses limites, é sinal que a gordura é perigosa. Mas consumo de alimentos saudáveis e prática de atividades físicas podem reverter esse quadro, completa o endocrinologista.

AÇÕES

Em João Pessoa, o governo municipal vem desenvolvendo uma série de ações para combater a obesidade. As ações são executadas por órgãos ligados às secretarias de Saúde, de Educação e de Desenvolvimento Social.

Entre as iniciativas adotadas, está a criação do Projeto “João Pessoa, Vida Saudável”, que estimula a prática de atividades físicas através das “academias” instaladas em praças da cidade. Nesses locais, a população pode fazer exercícios físicos com ajuda de equipamentos e educadores físicos contratados pela prefeitura.

Além disso, o governo elaborou o sistema de vigilância alimentar nutricional, como explica o coodernador de Saúde da Criança e da Alimentação Nutricional da Secretaria de Saúde de João Pessoa, Edgar Tito. “Esse sistema identifica o estado nutricional de usuários das Unidades de Saúde da Família. Os pacientes que apresentam sobrepeso são encaminhados para equipes de nutricionistas, que elaboraram dietas e fazem acompanhamento até a perda do peso”, afirmou.

Para o gestor público, a queda no número de obesos se deve às ações adotadas pelo governo municipal.

“Quando conseguimos fortalecer a vigilância nutricional, conseguimos identificar as pessoas que sofrem de obesidade e encaminhá-las para tratamento adequado, realizado por equipe multidisciplinar”, declarou o coodernador de Saúde da Criança e da Alimentação Nutricional da Secretaria de Saúde de João Pessoa.

MAMOGRAFIAS E PAPANICOLAU

O Vigitel ainda investigou a quantidade de mulheres com idades entre 50 e 69 anos que realizam exames de mamografia e de Papanicolau, que permitem o diagnóstico precoce de cânceres de mama e de útero.

Em João Pessoa, o estudo mostrou que mais de 70% das entrevistadas nessa faixa etária se submeteram aos dois tipos de procedimentos durante os últimos dois anos. De acordo com o Vigitel, 75,9% das pessoenses fizeram a mamografia.
O percentual é o quarto maior do Nordeste, atrás apenas de Salvador (86,4%), Aracaju (77,4%) e Recife ( 76,4%).

Por outro lado, o índice pessoense é maior em relação ao apresentado por São Luís ( 75,4%), Natal (74%), Teresina ( 73,7%), Maceió ( 72,3%) e Fortaleza ( 71,5%).

Já com relação ao Papanicolau, o índice é um pouco menor. Foram 70,3% das mulheres da capital que fizeram o exame, nos últimos três anos. O índice foi o segundo menor do Nordeste, na frente apenas de Maceió (67,7%).

Para o secretário de Saúde de João Pessoa, Adalberto Fulgêncio, os números são considerados positivos.

“O Nordeste está muito bem com relação à cobertura desses dois tipos de exames. Tanto o Papanicolau quanto a mamografia são exames que dependem da aceitação e conscientização das mulheres e elas estão ajudando nesse controle de forma satisfatória. Com certeza, teremos menos casos de câncer de mama e útero neste ano”, declarou.

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Jornal da Paraíba

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