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VIDA URBANA

Camará leva terror a abrigo de idosos

Fundação Abrigo dos Idosos Antônio Salvino, em Alagoa Grande, foi atingida pelas águas da barragem; idosos viveram momentos de terror.

Publicado em 19/06/2014 às 6:00 | Atualizado em 31/01/2024 às 17:22

“Eu já estava deitado quando ouvi um forte barulho de água se aproximando. Era como se a cada segundo estivesse mais perto”. A declaração foi dada por um dos voluntários da Fundação Abrigo dos Idosos Antônio Salvino, em Alagoa Grande, em referência ao momento que as águas da barragem de Camará derrubou, com violência, o muro do quintal do abrigo. Os idosos que estavam no local, cerca de 20, entraram em desespero, mesmo sem saber ao certo o que estava acontecendo.

O administrador do abrigo, Manoel Marcos Coutinho, contou que foram momentos de terror. “Quando a água derrubou o muro, já veio destruindo tudo o que estava pela frente. Graças a Deus conseguimos retirar os idosos com vida. Muitos choravam e pediam para não morrer”, destacou. Alguns moradores do abrigo tinham dificuldade de locomoção, o que tornou o resgate ainda mais complicado, segundo informou Coutinho.

Logo que a barragem se rompeu, os gritos de socorro tomaram conta dos quartos dos abrigos. A água subia a cada minuto, chegando a atingir mais de um metro em menos de 20 minutos, conforme relatos dos funcionários do local. Alguns idosos que moravam no abrigo na época da tragédia de Camará já não vivem mais por lá: morreram ou foram retirados por parentes.

Localizado na parte baixa da cidade e às margens da Lagoa do Poá, o abrigo ficou com a estrutura comprometida e teve de ser interditado por alguns meses. Só reabriu após campanhas de arrecadação de recursos realizadas com a população.

Enquanto isso, os idosos tiveram de ficar em um local improvisado que serviu de abrigo.

De acordo com Manoel Coutinho, o desespero foi maior porque o fornecimento de energia elétrica na cidade foi interrompido.

“Era gente gritando por todos os lados, foi uma correria grande”, declarou. O muro do quintal do abrigo foi completamente destruído, assim como os objetos que eram guardados nesse local. Nem as árvores escaparam da fúria de Camará, segundo Coutinho. “Até hoje podemos ver as marcas da água na copa das árvores”, frisou.

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Jornal da Paraíba

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