VIDA URBANA
Catadores recolhem mais de 10 ton de recicláveis por mês em CG
Trabalho é realizado por homens e mulheres da cooperativa 'Catamais', que faz parte de uma iniciativa da UEPB.
Publicado em 21/05/2017 às 10:30
Mais de 10 toneladas de materiais recicláveis são recolhidos por mês em Campina Grande, através do trabalho de uma cooperativa com o apoio de um programa da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). O trabalho é realizado por homens e mulheres da cooperativa 'Catamais' e, com o programa da UEPB, tem ajudado a otimizar o trabalho de coleta seletiva há 10 anos.
A iniciativa, intitulada ' Melhor Coletar é a Vida Melhorar', tem o objetivo de incentivar a política de gestão ambiental, consciência ecológica e manuseio correto dos resíduos sólidos. A ação implantada em 2010 mudou a vida dos catadores que, todos os dias, se reúnem cedo na sede da cooperativa e saem para a coleta seletiva. A rota torna o meio ambiente mais saudável, além de garantir a renda dos catadores.
Antes de serem incentivados pela UEPB, os catadores realizavam o trabalho de forma precária, dentro dos lixões. Atualmente, todo o material recolhido de maneira seletiva é levado para um galpão onde é feita a distribuição e seleção dos resíduos. Os materiais são prensados e encaminhados para os pontos de revenda, que repassam para as indústrias, que fazem a manufatura.
O projeto é coordenado pela professora Idalina Maria Freitas Lima Santiago, do Departamento de Serviço Social, e tem sensibilizado a sociedade campinense para a importância da coleta seletiva.
O 'Melhor Coletar é a Vida Melhorar' é financiado pelo Programa de Apoio a Projetos de Extensão (PROAPEX) e pelo Programa de Bolsas de Extensão (PROBEX), ambos da UEPB. Atualmente, nove pessoas fazem parte da Catamais, realizando a coleta. Esse número já chegou a ser de 23 catadores que, depois, migraram para outras atividades.
A cooperativa tem sede instalada Rua Capitão José Amâncio Barbosa, 134 A, São José, que funciona como espécie de núcleo de um empreendimento que garante o sustento dos catadores. Contando com a colaboração dos docentes e estudantes bolsistas da UEPB, os catadores criaram a própria rota na cidade, onde todos os dias recolhem de porta em porta o material reciclável, além de captar doações de empresas privadas e públicas.
Para a presidente da cooperativa, Maria de Lourdes, a UEPB tem tido um papel fundamental no incentivo e implantação da coleta seletiva. “O apoio tem sido muito importante em todos os sentidos”, diz a presidente, que está na entidade desde a sua fundação. Ela frisa, ainda, que o trabalho feito nas ruas é muito diferente do realizado no passado, no lixão, onde os riscos de acidentes e de contrair doenças eram iminentes.
Os catadores percorrem mais de 80 ruas por semana em bairros como Santa Rosa, Catolé, Prata, Alto Branco, São José, Santo Antônio, Centro, Liberdade, Malvinas e Quarenta, recolhendo o material reciclável.
Para facilitar ainda mais o trabalho dos catadores, em financiamentos anteriores captados por editais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), foram adquiridos três carros elétricos, dez carrinhos de tração humana, três containers, uma balança, uma prensa e equipamentos de proteção individual. As caixas coletoras, instaladas na Praça do Trabalho, no bairro do São José, no Parque da Criança e na Praça Coronel Antônio Pessoa facilitam o trabalho dos catadores.
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