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VIDA URBANA

Centro Administrativo ocupado pelo MST

Durante a ocupação houve confronto entre os policiais militares e os manifestantes. As três entradas de acesso ao prédio foram interditadas.

Publicado em 22/10/2013 às 6:00 | Atualizado em 18/04/2023 às 17:19

Mais de dois mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ocuparam ontem a sede do Centro Administrativo Estadual, no bairro de Jaguaribe, em João Pessoa. Durante a ocupação houve confronto entre os policiais militares e os manifestantes. As três entradas de acesso ao prédio foram interditadas e boa parte dos servidores que estavam no local foram impedidos de deixar o prédio. Os manifestantes informaram que só deixariam o prédio após uma audiência com o governador Ricardo Coutinho. Ainda no início da manhã de ontem, representantes do MST interditaram um trecho da BR-230, na saída do município de Sousa para Aparecida, no Sertão paraibano.

Na capital, o tumulto começou por volta das 9h quando os trabalhadores rurais deixaram a sede do Instituto Nacional de Colonização Reforma Agrária (Incra) na capital, onde estavam acampados desde o último dia 15, e seguiram em carreata para o Centro Administrativo Estadual. Ao chegar, eles invadiram o estacionamento do prédio público e os policiais tentaram dispersar os manifestantes com gás de pimenta e balas de borracha. Os agricultores revidaram atirando pedras contra os policiais e quebrando dois automóveis do governo do Estado.

Durante a confusão, cinco integrantes do MST sofreram ferimentos de bala de borracha nas pernas e costas e três policiais foram atingidos por pedras na cabeça. O agricultor Anderson Soares foi um dos atingidos pelos policiais. Ele alega que os manifestantes queriam entrar no estacionamento com o caminhão do grupo, mas os policiais impediram o acesso pelo uso da força e teriam iniciado o confronto. “A gente chegou na paz e não queria briga. Eles não queriam deixar o carro entrar e começaram atirando contra a gente. O que nós fizemos foi para nos defender”, disse.

O comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar (1ºBPM), tenente-coronel Adielson Pereira, explicou que os policiais foram surpreendidos pela ação dos trabalhadores sem-terra e que tentaram negociar com os manifestantes para evitar o confronto.

“Eles chegaram, pelo menos 50 pessoas, deitados dentro do caminhão, medindo força para entrar. A partir do momento em que eles começaram a jogar pedras contra os policiais, a polícia não tinha como ficar acuada e tivemos que revidar com elastômetro (munição não-letal)”, defendeu.

Um dos três militares feridos na ação foi o capitão Kelton Pontes. Durante o confronto, o policial foi atingido por pedradas e sofreu um corte na cabeça. “A gente estava tentando negociar com eles, pelo menos para pedir que os funcionários fossem liberados. Mas não houve diálogo e começaram a lançar pedras”, relatou. Segundo informações do comandante do 1º BPM, o capitão e outros dois policiais feridos no conflito sofreram ferimentos leves e foram atendidos por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da capital, em seguida liberados.

Para evitar um novo confronto, policiais do Batalhão da Polícia Militar Ambiental, Força Tática, Regimento de Polícia Montada (RPMont) e Batalhão de Operações Especiais (Bope) permaneceram durante todo o dia no entorno do Centro Administrativo e isolaram a área. Além disso, duas equipes dos Bombeiros também permaneceram nas laterais do prédio com uma ambulância e uma viatura de combate a incêndio. (Colaborou Luzia Santos)

SERVIDORES IMPEDIDOS DE SAIR

Assim que os manifestantes iniciaram a ocupação no estacionamento do Centro Administrativo Estadual, as portas que dão acesso aos seis blocos onde funcionam secretarias e autarquias do governo do estado foram trancadas por seguranças particulares. A maioria dos funcionários que trabalham nos prédios foi impedida pelos manifestantes de deixar o local. Eles se tornaram reféns no ambiente de trabalho.

Mesmo impedidos de sair do prédio, houve quem se arriscasse a sair do prédio pulando as grades que circundam o local. O assistente administrativo Jorge Luís foi um dos primeiros a sair, juntamente com outras duas funcionárias. Ele conta que conseguiu fugir pelos fundos e não foi visto pelos manifestantes.

“Eles só estavam deixando sair idosos e algumas pessoas que estavam passando mal e nervosas. Por sorte eu consegui. Mas tem muita gente lá dentro com medo e sem saber quando poderão sair”, lamentou.

A funcionária pública Karla Sousa foi uma das que pulou a grade do prédio, mas relatou que havia pessoas passando mal no bloco onde ela trabalha. “Todo mundo está tenso lá dentro. Eu e mais duas colegas decidimos descer para ver se a gente conseguiria sair, porque não sabemos quando eles vão liberar o pessoal”, disse.

Além de serem impedidos de deixar o local, houve depredação em automóveis dos funcionários públicos. Com as entradas fechadas, ninguém pode entrar ou deixar o prédio do Centro Administrativo, que teve as grades danificadas.

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Jornal da Paraíba

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