CG: cresce infestação de dengue

Apesar dos frequentes alertas sobre os já conhecidos perigos da dengue, a cidade de Campina Grande ainda continua em uma situação de médio risco de transmissão da doença.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o último Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) indicou um aumento do percentual de infestação em 39 bairros da cidade. O índice de infestação geral do município também piorou e subiu de 2,2% em março para 3,4% em maio.

O estudo foi realizado em 52 bairros da cidade, entre os dias 19 e 23 de maio. Ao todo foram vistoriados mais de 7,7 mil imóveis.

A situação mais crítica foi verificada em sete bairros da cidade, que apresentaram índice de infestação de 5,6%. São eles: Alto Branco, Castelo Branco, Catolé, Jardim Tavares, Lauritzen, Bairros das Nações e Nova Brasília.

Ainda conforme o levantamento, outros bairros que apresentaram percentual de infestação superior ao índice geral da cidade foram Malvinas II (5,5%), José Pinheiro, Mirante, Monte Castelo e Santo Antônio, com 5,4%, e Malvinas I (4,7%).

Na avaliação da Secretaria de Saúde, os números obtidos pelo LIRAa apontam a necessidade de redobrar os cuidados para evitar a reprodução do mosquito transmissor da doença. “É preciso estar atento a situações, como pratinho embaixo do vaso de planta, bebedouros de animais e objetos no quintal acumulando água da chuva, para se evitar a proliferação do mosquito”, ressaltou a gerente de Vigilância Ambiental em Saúde e Zoonoses, Rossandra Oliveira.

REDUÇÃO

Apesar do aumento registrado em alguns bairros da cidade, o Índice de Infestação por Aedes aegypti realizado no mês de maio, que é o terceiro divulgado este ano, também trouxe resultado positivo em algumas áreas da cidade, que apresentaram redução no índice de infestação.

Segundo a SMS, o menor percentual de infestação do mosquito, 0,3%, foi encontrado nos bairros da Bela Vista, Centenário, Pedregal e Bairro Universitário, que em relação ao levantamento anterior conseguiram reduzir a infestação em 75%.

De acordo com Rossandra Oliveira, os dados revelados pelo Índice de Infestação por Aedes aegypti são de extrema importância, pois vão nortear as ações da secretaria para tentar reduzir o índice de infestação.

“Essas informações possibilitam a intensificação das ações de combate à dengue nos locais com maior presença do mosquito Aedes aegypti, como mutirões, vistorias mais detalhadas, entre outras medidas que podem ser direcionadas para áreas de maior risco com a ajuda do LIRAa”, explicou.