VIDA URBANA
CG terá aterro sanitário e desafio de mudar estrutura da periferia
Poder público garante que primeira termoelétrica, no bairro do Ligeiro, começará a funcionar. Projeto de aterro, há anos previsto no orçamento municipal, também sairá do papel.
Publicado em 09/01/2011 às 10:29
De João Paulo Medeiros do Jornal da Paraíba
O ano de 2011 promete ser para o município de Campina Grande de concretizações de grandes obras, mas de grandes desafios. O poder público municipal garante que a primeira termoelétrica da cidade, localizada no bairro do Ligeiro, começará a funcionar e o projeto do aterro sanitário, que há anos está previsto no Orçamento municipal, sairá do papel. Na contramão do desenvolvimento, a cidade possui a missão de abrigar uma população superior a 385 mil pessoas, identificada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Censo de 2010.
Com um crescimento populacional de 8,43%, superior às médias estadual e nacional, que ficaram em 0,90% e 1,17% respectivamente, o município viu a sua população saltar de pouco mais de 355 mil moradores no ano 2000 para 385.276 habitantes este ano, conforme o IBGE. Mas a cidade ainda enfrenta problemas graves de infraestrutura, falta de moradias, no trânsito e provocados pela baixa renda de seus moradores.
Na área da saúde, a cidade viveu em 2010 praticamente um ‘colapso’ no setor que deveria ser referência em urgência e emergência, atendendo a uma população superior a dois milhões de paraibanos de mais de 160 municípios e com déficit de mais de R$ 1 milhão por mês, de acordo com a Secretaria de Saúde municipal. No principal hospital público do município, o Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, o fim do ano passado foi marcado pela falta de medicamentos e insumos básicos para a realização dos procedimentos, como soro, dipirona, água mineral e papel higiênico.
Em termos de infraestrutura, o secretário de Obras e Serviços Urbanos (Sosur) campinense, Alex Azevedo, acredita que as obras que serão executadas em 2011 deverão proporcionar mais desenvolvimento para as comunidades mais pobres da cidade. “Nós temos várias ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e obras para entregar em Bodocongó, no Araxá, no bairro da Catingueira, onde serão entregues 370 casas e uma estação elevatória, com a urbanização do Pedregal e do bairro Jardim Europa”, assinalou.
Somente com a Termoelétrica, que vai gerar energia suficiente para iluminar toda a cidade com 163 megawatts, a expectativa é de que mais de 900 empregos sejam gerados e cerca de R$ 300 milhões sejam acrescidos na economia da cidade. “A nossa previsão é de que depois de vencidos os trâmites, todos nós tenhamos o início do funcionamento entre fevereiro e março do próximo ano. Além disso, iremos fazer o recapeamento de dez avenidas da cidade e dar prosseguimento à 5ª etapa do Vias Abertas”, acrescentou Alex Azevedo.
Para o prefeito Veneziano Vital do Rêgo, o próximo ano será também de reformas na área do Parque do Povo, onde é realizado o ‘Maior São João do Mundo’. “Teremos também a pavimentação em paralelepípedos das principais ruas do Novo Horizonte, sem esquecermos a recuperação do asfaltamento de ruas centrais, como Treze de Maio, Miguel Couto, Vigário Calixto, Sebastião Donato”, afirmou, acrescentando que os serviços começarão na segunda semana de janeiro, através da Sosur.
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