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VIDA URBANA

'Chegou a um ponto em que eu não sabia como iria viver'

Antes de frequentar os encontros do Neuróticos Anônimos, funcionária pública aposentada convivia com a depressão. 

Publicado em 28/08/2016 às 17:15

A funcionária pública aposentada Maria Rita (nome fictício), de 60 anos, é mais um exemplo de superação possibilitado pelo auxílio do Neuróticos Anônimos. Durante anos, imersa em uma depressão que afetava não só a saúde, mas a relação com familiares e amigos, ela buscava uma resposta que ia além das conversas com o terapeuta.

“O pânico me dominava. Chegou a um ponto em que eu não sabia como iria viver, porque em casa eu tinha medo, já que estava isolada, e quando saía também tinha medo. Eram duas forças, uma contra outra, e no meio disso tudo muitos conflitos, situações de pânico, de insônia”, relata. “Isso desencadeou vários problemas, inlcusive no meu corpo. Eu não conseguia andar, nem caminhar, o que era um reflexo do que eu sentia dentro de mim”, continua.

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Foi por meio de um programa de televisão, abordando o tratamento com o NA, que ela encontrou a saída e decidiu se informar sobre as reuniões. “Desde o momento em que eu cheguei, fui acolhida com muito amor”, expõe.

“Quando chegamos, estamos com a mente fechada, tudo muito fechado, é como alguém que precisa desabrochar, se abrir para o mundo, para a vida”, explica ela, que agora se diz mais estruturada para seguir em frente e se descobrir ainda mais. “Voltei a acreditar em mim mesma, nas pessoas e num poder superior”, finaliza.

Acompanhamento é necessário

De acordo com o psiquiatra Aroldo de Sousa Rique, a participação em grupos de apoio como o Neuróticos Anônimos pode ser bastante benéfica para pacientes com ansiedade e quadros de depressão, desde que estes sejam acompanhados por um profissional especializado e utilizem medicação, caso haja indicação.

“A neurose é desenvolvida quando existe um desequilíbrio nos neurotransmissores e, às vezes, esse tipo de terapia em grupo não é suficiente”, analisa. “Faz-se necessário um especialista para ver a questão da farmacologia, porque é fundamental o concurso da farmacoterapia para o equilíbrio dos neurotransmissores”, complementa.

Segundo Aroldo, é imprenscindível, ainda, que os estigmas que envolvem a psiquiatria sejam combatidos, para que mais pessoas sejam ajudadas. “Vivemos em uma sociedade em que o medo é constante. As pessoas têm medo de ficar em casa, de sair para as ruas. Isso gera diversos transtornos, inclusive o estresse, que, hoje sabemos, mata. Procurar um psiquiatra pode ser a grande solução para cuidar desses problemas da vida moderna”.

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Jornal da Paraíba

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