VIDA URBANA
Chuva deixa 60 famílias desalojadas e 40 desabrigadas em CG
Moradores começaram a ser relocados e abrigados em escolas e imóveis públicos. Em João Pessoa, Ministério Público recomendou a remoção de 30 famílias de um prédio.
Publicado em 05/05/2011 às 8:12
Do Jornal da Paraíba
As pessoas atingidas pelas chuvas em Campina Grande começaram o dia de ontem tentando retomar a rotina após os alagamentos e desmoronamentos que atingiram onze bairros da cidade que estão em situação crítica, de acordo com a Defesa Civil Municipal.
Até a quarta-feira (4) à tarde, os técnicos do órgão já estimavam que pelo menos 40 famílias estariam desabrigadas e cerca de 60 desalojadas no município, por conta das enchentes. Os moradores começaram a ser relocados e abrigados em escolas e imóveis públicos.
Na cidade a força das águas também deixou um saldo total de 56 pontos de alagamento, número três vezes maior do que o registrado nas chuvas na última quinta-feira, com 18 pontos. A Prefeitura de Campina Grande ainda está analisando se vai decretar estado de emergência no município. A Defesa Civil começou a instalar na tarde de ontem as barracas cedidas pelo Exército para o alojar as famílias desabrigadas.
“A ajuda do Exército é por meio da montagem de barracas para alojar as famílias. Por enquanto a situação está sob controle”, informou o comandante Walter Augusto, do 31° Batalhão do Exército em Campina Grande. Cada barraca tem a capacidade de abrigar até 20 pessoas, com espaço para instalação de camas e armazenamento de roupas e alimento. As famílias alojadas serão escolhidas através de uma triagem feita pela Defesa Civil.
De acordo com a previsão dos meteorologistas, as chuvas devem continuar na região. “Já alertamos os órgãos competentes para as chuvas que devem cair ainda na região do Brejo e Agreste”, informou Carmem Becker, meteorologista da Agência Estadual de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa). O volume das chuvas em Campina já atingiu 120 milímetros (mm), superando a média esperada para maio que é de 110mm.
Em João Pessoa
Pessoas morando em meio ao lixo, ratos espalhados pelo local, infiltrações e paredes ameaçando desabar a qualquer momento. Esta foi a situação encontrada pela Promotoria de Defesa dos Diretos do Cidadão de João Pessoa, na vistoria, na manhã de ontem, a um edifício que teve suas obras abandonadas, localizado no bairro do Altiplano, na capital.
O prédio não tem nenhuma condição de abrigar pessoas, mas mesmo assim, famílias desabrigadas estavam usando o local como moradia. A Promotoria do Cidadão recomendou à Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) que inclua essas famílias em algum projeto social do município e que elas sejam removidas do local até o final da semana.
A Associação dos Moradores do Altiplano fez uma denúncia junto à Promotoria do Cidadão informando que pessoas estavam vivendo no prédio em condições sub-humanas. Ficou constatado que o local não oferece nenhuma condição de moradia, mas mesmo assim, 30 famílias estavam alojadas na localidade há pelo menos cinco meses.
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