icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

Chuvas de janeiro superam média histórica na PB e Sertão tem maior volume

Segundo a Aesa, precipitações ficaram 91,2% acima do esperado. Em janeiro do ano passado, chuvas foram 76,3% abaixo da média.

Publicado em 03/02/2016 às 8:00

Depois de quatro anos seguidos de baixas precipitações, as chuvas que ocorreram durante todo o mês de janeiro na Paraíba renovaram as esperanças da população em uma boa quadra invernosa, principalmente no Sertão e Cariri do Estado, as regiões mais castigadas pela seca. A impressão dos paraibanos é que este ano será de boas chuvas, capazes de recarregar os açudes e garantir uma boa colheita. E a tirar pelo mês de janeiro, eles têm razão. Conforme a Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), no último mês, as chuvas ficaram 91,2% acima da média esperada em todo o Estado, que varia de 100 milímetros no Alto Sertão a 32 milímetros no Cariri e Curimataú. No mesmo período do ano passado, as chuvas foram 76,3% abaixo da média.

As dez cidades onde as precipitações foram mais intensas estão localizadas no Sertão do Estado. Bom Jesus acumulou, somente em janeiro, 327,6 milímetros de chuva, o que significa o triplo da média histórica para a região, que é de 100 milímetros. Catingueira, São José da Lagoa Tapada, Emas, Cacimba de Areia, Coremas, Cajazeiras e Tavares também acumularam chuvas acima de 260 mm. No Cariri, as cidades que acumularam as maiores precipitações foram Amparo (184,0mm) e Monteiro (176,9mm), que também ficaram acima da média mensal da região, segundo a Aesa, de apenas 32 mm.

Além do volume de precipitações ter sido maior, aumentou também a quantidade de cidades que registraram chuvas. Este ano, somente no mês de janeiro, choveu em 181 municípios paraibanos, 23 a mais que em 2015, quando 158 cidades registraram precipitações. As chuvas de janeiro, mesmo não integrando a quadra chuvosa estabelecida entre os meses de fevereiro e de maio, já podem ser indício de melhores condições para o período chuvoso em 2016 no semiárido, apontou a meteorologista da Aesa, Carmem Becker.

“Essas chuvas chegaram em uma intensidade boa, aliviaram várias regiões do Estado castigadas pela seca e já podem ser indício de condições melhores para o período chuvoso em 2016 no semiárido. Porém, os sistemas meteorológicos que provocam as chuvas de janeiro não são os mesmos que geram chuvas entre fevereiro e maio. Para esse período, o principal sistema causador de chuvas é a Zona de Convergência Intertropical”, explicou Becker.

Conforme a Aesa, a previsão meteorológica para o trimestre aponta que as atuais condições mostram um enfraquecimento do fenômeno El Niño no oceano Pacífico e o Atlântico também deve oferecer condições para a chegada de chuvas. A expectativa da agência é que as chuvas sejam na média ou abaixo da média até final de março.

Apesar das precipitações, recarga de açudes é pequena

Os bons índices pluviométricos registrados em janeiro, que superaram a média histórica na Paraíba também serviram para mudar a realidade de alguns mananciais do Estado. O açude Várzea, no Seridó, registrou o maior acréscimo percentual do Estado (16,23%). Já o açude Marés, em João Pessoa, registrou um aumento percentual de 10,35%. Houve recarga também no Cariri, onde o açude de Sumé teve um acréscimo de 5,98% e o de Camalaú, de 2,75%. Os dados são da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) e são relativos ao período de 1º a 29 de janeiro.

Mesmo com os acréscimos no volume de alguns mananciais, o Estado permanece em situação crítica em termos de disponibilidade hídrica. Na comparação da condição do armazenamento dos reservatórios entre a segunda quinzena de janeiro de 2015 e o mesmo período de 2016, há uma redução no volume, segundo dados da Agência Nacional das Águas (ANA). Enquanto no último ano os principais reservatórios do Estado acumulavam 22,5%, neste ano o acumulado é de 13,8%.
Conforme o presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), João Fernandes, os aportes verificados em vários açudes não foram expressivos em relação a suas capacidades, mas serviram para aliviar o drama vivido em algumas regiões e renovar a esperança da população. “As chuvas de janeiro, embora muitos desconsiderem, foram importantes para estabilizar a queda do nível de alguns mananciais. Foram chuvas de pré-estação, mas que mostram que o período chuvoso pode ser bom, e assim melhorar a situação dos nossos reservatórios”, afirmou o presidente.
Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp