VIDA URBANA
Com aumento de mais de 100%, PB já tem 248 casos de microcefalia
Dados foram divulgados pelo Ministério da Sáude nesta segunda (30). Na semana passada eram 105 casos sob investigação.
Publicado em 30/11/2015 às 13:38
A Paraíba já tem 248 casos suspeitos de microcefalia notificados. Os novos números foram divulgados pelo Ministério da Saúde na manhã desta segunda-feira (30) e apontam para um aumento superior a 100% em comparação com os registros da semana passada, quando havia 104 notificações. Em todo o país, são 1.248 casos, identificados em 311 cidades de 14 unidades da federação.
O maior número de notificações foi registrado em Pernambuco (646) e a Paraíba aparece em segundo. Também foram detectados casos no Rio Grande do Norte (79), em Sergipe (77), Alagoas (59), Bahia (37), Piauí (36), Ceará (25), Rio de Janeiro (13), Tocantins (12) Maranhão (12), Goiás (2), Mato Grosso do Sul (1) e Distrito Federal (1).
Entre o total de casos, foram notificados sete óbitos. Um recém-nascido do Ceará, com diagnóstico de microcefalia e outras malformações congênitas por meio de ultrassonografia, teve resultado positivo para vírus zika. Outros cinco no Rio Grande do Norte e um no Piauí estão em investigação para definir causa da morte.
O Ministério da Saúde intensificou o acompanhamento da situação, de forma prioritária, e divulgará orientações para rede pública e para a população, conforme os resultados das investigações. Equipes da pasta estão ajudando os estados nas investigações. Técnicos do órgão chegam à Paraíba ainda nesta segunda. Em Pernambuco, a equipe permaneceu quase um mês em campo, do dia 26 de outubro a 24 de novembro.
Relação com Zika
O Ministério da Saúde confirmou neste sábado (28) a relação entre o vírus Zika e o surto de microcefalia na região Nordeste. A confirmação foi possível a partir da confirmação do Instituto Evandro Chagas da identificação da presença do vírus Zika em amostras de sangue e tecidos do recém-nascido que veio a óbito no Ceará.
Segundo o órgão, essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial. As investigações sobre o tema devem continuar para esclarecer questões como: a transmissão desse agente; a sua atuação no organismo humano; a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.
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