VIDA URBANA
Com greve, hospitais de JP deixam de fazer 372 atendimentos por dia
Greve foi iniciada na segunda-feira (4) e conta com a participação de 600 profissionais. Estão mantidos apenas os atendimentos de urgência e emergência de seis hospitais.
Publicado em 05/04/2011 às 17:00
Jhonathan Oliveira
A população de João Pessoa já está sentindo o impacto da greve dos médicos dos hospitais municipais, iniciada nesta segunda-feira (4). Com a paralisação dos 600 médicos que prestam serviços nas unidades hospitalares das prefeituras, aproximadamente 350 consultas e 22 cirurgias eletivas estão deixando de ser feitas por dia.
A categoria reivindica o reajuste de 80% na gratificação de saúde, melhores condições de trabalho, pagamento integral de férias e substituição dos profissionais de saúde que entram em recesso. Na última rodada de negociações que aconteceu nesta segunda, a secretaria de Saúde, Roseana Meira, manteve a oferta de aumento apenas para o plantão de 12 horas, o que foi rejeitado.
De acordo com informações do Sindicato dos Médicos da Paraíba (Simed-PB), além da não realização de consultas e cirurgias, 80 exames estão deixando de ser feitos diariamente. A entidade informou também que não estão sendo preenchidas autorizações de internações hospitalares.
Os hospitais que estão sendo afetados pela greve dos médicos são o Ortotrauma , Instituto Cândida Vargas, Hospital do Valentina, Santa Isabel e a Policlínica. Apenas casos de urgência e emergência estão sendo atendidos.
Greve na Saúde estadual
Os médicos da Saúde estadual também podem parar as atividades. Nesta quarta-feira (6) os profissionais que trabalham nos hospitais estaduais realizam uma assembleia geral, de onde deve sair um indicativo de greve para o mês de maio. Deve ser aprovada também uma paralisação de 48 horas para ser realizada ainda este mês.
Os profissionais querem que o Estado restabeleça o pagamento dos valores que foram reduzidos dos seus salários. Eles tiveram um corte de 36% em suas remunerações. A diminuição é relativa ao valor dos plantões que passaram de R$ 1 mil para R$ 640.
Segundo o Simed, esse valor teria sido acertado na gestão do ex-governador José Maranhão (PMDB) e o governador Ricardo Coutinho (PSB) havia garantido que o valor seria mantido, mas a promessa não foi cumprida. O sindicato encaminhou um pedido de audiência com o secretário de Saúde, Waldson de Sousa, mas ainda não sabe quando será atendido.
Em Campina
Médicos, enfermeiros, agentes de saúde e agentes de combate às endemias que prestam serviço à Prefeitura de Campina Grande também decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A paralisação acontece a partir da próxima quinta-feira (7)
Eles reivindicam melhores condições de trabalho e agilidade na votação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos profissionais da saúde.
A secretaria de Saúde de Campina Grande disse que está disposta a negociar com os grevistas.
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