VIDA URBANA
Confira os mitos e verdades sobre o sexo durante a gravidez
Por falta de conhecimento, casais deixam a relação sexual de lado durante a gestação por medo de machucar o feto com o pênis.
Publicado em 27/05/2012 às 8:00
A gravidez é uma etapa de transformações na vida de uma mulher no que diz respeito ao corpo e à mente, além da mais importante: a chegada do bebê. Junto com as mudanças, surgem as dúvidas. As gestantes passam praticamente nove meses com questionamentos relacionados à alimentação, ao uso do salto alto, dirigir, etc. Além disso, as grávidas ainda questionam se elas podem ou não fazer sexo nesse período.
Por falta de conhecimento, muitos casais preferem deixar a relação sexual de lado durante a gestação. O medo maior é o de machucar o feto com o pênis. Também há casos em que os parceiros divergem das opiniões e acabam entrando em crise, porque um quer e o outro rejeita. Assim como as mulheres, muitos homens também têm dúvidas quando o assunto é sexo na gravidez. A consequência disso é que muitos homens acabam se afastando sexualmente de suas parceiras, seja com a intenção de protegê-la ou pela falta de atração.
É impossível o corpo da mulher não passar pelas mudanças da gravidez. Os enjoos, vômitos, sono intenso e seios doloridos deixam qualquer mulher exausta e sem muito desejo para o sexo.
Os sintomas iniciais podem interferir na libido e a mulher passa a sentir menos vontade de procurar o parceiro. Outras alterações ao longo da gravidez, como aumento do abdômen, aumento de peso e inchaço nos pés também podem ter reflexos na relação entre homem e mulher. Tudo isso sem falar nos benditos hormônios, responsáveis por, dentre outras coisas, a alteração de humor.
Ao receber a confirmação da gravidez, tanto a mulher quanto o homem podem achar que não fazer sexo pode evitar ou diminuir as chances de um aborto. Nessa fase, quando a barriga ainda não começou a crescer, pode ser que a decisão de não fazer sexo seja mais da mulher que do homem. Para evitar distanciamento, é essencial manter o diálogo. Uma conversa franca e aberta só tende a melhorar as coisas.
Para a advogada Andréa Nogueira, a experiência não foi das melhores. Segundo ela, o sexo durante a gravidez foi escasso.
“Fiquei extremamente insatisfeita com meu corpo, apesar de ter aumentado apenas nove quilos a gestação inteira”, declarou. Sua grande frustração foi estar com a libido em alta, pronta para dar continuidade às relações sexuais, mas sem a colaboração do parceiro. “Minha vergonha era me sentir feia. Parecia que eu tinha passado da fase mulher para a fase mãe, e que ambas não podiam sobreviver ao mesmo tempo”, afirmou.
Ao mesmo tempo que acompanhava as mudanças do corpo, com uma nova vida sendo gerada, Andréa se sentiu incomodada com a reação do marido. “A postura dele talvez tenha sido a responsável pelo meu quadro de insatisfação pessoal. Meu marido parou de me procurar para o sexo definitivamente. Mesmo que eu insistisse, não adiantava”, contou a mulher.
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