Construtora diz que problema é pontual

Segundo o empresário Jefferson de Souza, proprietário da Construtora Sampaio, firma responsável pelos serviços no Grotão, o problema foi causado pela falta de materiais no mercado. Ele disse que a maior pendência das casas é a falta da porta da cozinha. Ele explicou que esse material segue um padrão estabelecido pelo programa e que está em falta no mercado de João Pessoa. “Já estamos em contato com as grandes lojas da cidade, para nos avisar assim que essas portas chegarem por aqui”, disse.

Outro motivo para o atraso é a má conduta dos operários. De acordo com Jefferson, houve furtos de materiais e de equipamentos nos locais de obra e informações até de que alguns pedreiros atrasavam as atividades porque compareciam embriagados aos locais de trabalho.

“Tenho obras em outros bairros da cidade e não tenho condições de fiscalizar todos os locais ao mesmo tempo. Alguns moradores foram coniventes também com essas irregularidades, porque sabiam desses casos e não me contavam nada. Autorizei o pagamento de pedreiros, mesmo sem que eles tenham concluído os trabalhos. Tenho o comprovante de tudo”, disse.

Já entre os operários, a informação é diferente. O pedreiro Paulo Azevedo Fontes, que trabalhou na construção de uma das três casas, disse que ainda precisa receber cerca de R$ 750,00 relativos aos serviços prestados. “Além de mim, existem outros trabalhadores que esperam pelo pagamento. Já liguei para o dono da empresa algumas vezes e não tive retorno. Já dei esse dinheiro como perdido”, lamentou.

A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA procurou o Ministério das Cidades, para comentar o caso de João Pessoa, já que a gestão do PHS é de competência do órgão. Os contatos foram feitos através de telefonemas e e-mails enviados à assessoria de imprensa da instituição. Porém, até o fechamento dessa edição, o setor não se pronunciou sobre o caso.