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VIDA URBANA

CRM cobra melhorias no atendimento

Falta de médicos anestesiologistas e denúncias de superlotação tem preocupado o Conselho Regional de Medicina.

Publicado em 28/07/2014 às 6:59 | Atualizado em 07/02/2024 às 11:18

A carência de anestesiologistas e constantes denúncias de superlotação de pacientes no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, tem preocupado o Conselho Regional de Medicina (CRM-PB), que divulgou uma nota ontem cobrando providências ao governo do Estado para regularizar o atendimento. Segundo a entidade médica, o problema se agravou desde a rescisão do contrato do hospital com uma cooperativa de anestesiologistas, por força de decisão judicial. Por conta disto, a escala de plantões vem sendo preenchida de forma precária, chegando ao extremo de, em determinados horários, existir apenas um profissional para atender à demanda.

Conforme o presidente do CRM-PB, João Medeiros, as denúncias partem da população e também de médicos cirurgiões, cujo trabalho depende da atuação dos anestesiologistas. “São constantes as denúncias de pacientes em estado grave que ficaram esperando, até em cadeiras, para serem atendidos porque não tinha anestesiologista disponível.

O mesmo ocorre por parte dos médicos cirurgiões, que nos comunicam que estão com cirurgias para fazer, mas que faltam profissionais para aplicar a anestesia”, afirmou.

João Medeiros lembrou que o ideal de uma escala completa para o Hospital de Trauma seriam quatro anestesiologistas, no mínimo, por ser uma unidade que comporta vários setores de atendimento. “O hospital está funcionando com três, e em determinados horários chega a ter só um anestesiologista, o que representa um grande risco para a população que sofre com a espera de uma cirurgia. A situação já vem sendo discutida no Ministério Público, inclusive, na próxima segunda-feira, participaremos de uma reunião para tratar desses assuntos”, frisou.

Atualmente, o reforço no setor de anestesiologia do Hospital de Trauma está sendo feito com médicos de outros estados.

Contudo, segundo João Medeiros, o atendimento continua precário e insuficiente para a demanda. Para ele, o atendimento seria regularizado com a nomeação dos anestesiologistas aprovados e classificados no último concurso público da Secretaria de Estado de Saúde (SES). “Existem 64 anestesiologistas aguardando nomeação há mais de 2 meses, que mesmo estando em período eleitoral é permitido por lei que seja feito, já que é de especial interesse público. Para se ter uma ideia, tem médico vindo do Rio de Janeiro para fazer plantão no Trauma”, observou.

Sobre os médicos anestesiologistas oriundos de outros Estados, João Medeiros explicou que eles estão atuando na Paraíba por meio de contrato transitório, onde eles obtêm um visto provisório junto ao CRM-PB para trabalhar por um período de 90 dias, “mas é uma situação inviável e de alto custo”.

A reportagem tentou contato com a promotora da Saúde, Maria das Graças, para comentar o assunto, mas nenhuma das ligações foi atendida.

DIREÇÃO

O diretor técnico do Hospital de Trauma, Edvan Benevides, contestou as declarações do CRM. “Desde o último dia 11 de junho, seguinte ao dia em que o contrato com a Coopanest (Cooperativa dos Anestesiologistas da Paraíba) foi encerrado, nós estamos operando com escala própria, com uma média de cinco anestesiologistas durante o dia e de três a quatro durante a noite. Não há nenhum momento que fique apenas um profissional. Além disso, temos a preceptoria médica de residência em Anestesiologia, e ainda fazemos uma escala complementar com médicos de fora, principalmente do Rio de Janeiro, porque os que contamos do Estado não são suficientes”, declarou.

Benevides ressaltou que fez um convite pessoal aos 54 anestesiologistas cooperados que atuavam na unidade para a realização de um contrato individual com o Trauma, em regime celetista, mas, de todos, apenas seis aceitaram a proposta e argumentou que os anestesiologistas aprovados no último concurso serão distribuídos no Hospital de Trauma e nos demais hospitais da rede estadual. “Quero destacar que os 64 anestesiologistas aprovados em concurso atendem uma demanda estadual e 70% deles irão para os hospitais de Campina Grande e do interior do Estado. A minoria ficará em João Pessoa. Mas temos a tranquilidade que a população continuará sendo bem atendida, como tem sido até agora”, pontuou. (Colaborou Katiana Ramos)

Coopanest confirma encerramento do contrato.
O presidente da Cooperativa dos Anestesiologistas da Paraíba (Coopanest), Azuil Vieira, confirmou que o contrato com o Hospital de Trauma foi encerrado no dia 10 de junho deste ano e se limitou a dizer que “quando o contrato estava vigente, 12 anestesiologistas trabalhavam na unidade de saúde diariamente”. Ele ainda esclareceu que o preceptor médico de residência em Anestesiologia não pode ser considerado plantonista, já que ele fica na unidade orientando os médicos residentes, aplicando anestesias e explicando o procedimento na prática e na teoria, “não pode ser contado para dar assistência aos pacientes”.


Sem contato
A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA procurou, por telefone e e-mail, durante todo o dia, a assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Saúde para comentar as declarações do CRM. O mesmo foi feito com a Secretaria de Comunicação Institucional do Estado. Mas, até o fechamento desta edição, não obteve resposta.

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Jornal da Paraíba

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