VIDA URBANA
Desobediência à portaria é agravante
De acordo com CRM apenas três hospitais do Estado cumprem parte da portaria, que estabece diretrizes para atendimentos de urgência.
Publicado em 19/04/2013 às 6:00
O descumprimento da portaria número 2048 de novembro de 2002 do Ministério da Saúde (MS) agrava os problemas enfrentados no Estado, segundo o Conselho Regional de Medicina (CRM). A portaria estabelece os princípios e diretrizes dos sistemas estaduais de urgência em todo o país, no entanto, apesar de estar em vigor há 11 anos, apenas três hospitais paraibanos adotaram parte das recomendações, como o atendimento prioritário por situação de gravidade.
De acordo com o chefe de Fiscalização do CRM-PB, Eurípedes Mendonça, “se essa portaria fosse cumprida, 90% dos problemas da Saúde estariam resolvidos”. “Na Paraíba, existem mais de 180 hospitais, entre públicos e privados, sendo que dos públicos, apenas os Traumas de João Pessoa, Campina Grande e Patos adotaram uma das recomendações previstas na portaria, migrando do atendimento por ordem de chegada para o atendimento prioritário por grau de gravidade, ou seja, aqueles que apresentam maior risco”, afirmou.
Entre os problemas mais comuns nos hospitais, principalmente nos de pequeno porte, Eurípedes Mendonça destaca a ausência de laboratório de análises clínicas e laboratório de radiologia com funcionamento de 24 horas, o que segundo ele, agilizaria a solução dos atendimentos. “Além disso, as cidades que não dispõem de hospital, deveriam ter uma sala de estabilização, equipada para a realização de primeiros socorros."
O conselheiro do CRM-PB destacou ainda a falta de uma Central Estadual de Regulação, que deveria ter sido estabelecida pelo Estado. “Se existisse essa central, os pacientes de cidades que não possuem hospital, atendidos na sala de estabilização, seriam transportados de forma adequada para o hospital especializado e compatível com o problema”, observou.
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