Drones entram na guerra contra o Aedes aegypti em João Pessoa

A tecnologia é a nova arma no combate ao Aedes aegypti em João Pessoa. A prefeitura da cidade divulgou, nesta quarta-feira (15), que vai fazer o uso de drones para mapear imóveis abandonados e terrenos baldios, com o objetivo de identificar possíveis focos do mosquito, transmissor da dengue, da chikungunya e zika vírus, responsável pelo surto de microcefalia. As imagens serão monitoradas em tempo real.

A partir desta quinta-feira (17), a aeronave irá sobrevoar diariamente áreas definidas pelos agentes de endemias. A primeira ação acontecerá no bairro de Valentina, que hoje está entre as cinco localidades com maior incidência de dengue da capital paraibana. Na sexta-feira (18), o equipamento será utilizado nos bairros de Cristo Redentor e Rangel.

O drone capta imagens em formato full hd, ampliando as possibilidades de identificação até de criadouros menos perceptíveis do Aedes aegypti. Os equipamentos reforçarão a medida tomada pela prefeitura de João Pessoa de, por meio de liminar, conseguir o ingresso dos agentes em residências fechadas ou abandonadas, e com suspeita de apresentar focos do mosquito.


A secretária de Saúde de João Pessoa, Aleuda Cardoso, explica que, com a entrada do drone em operação, a Prefeitura cria uma nova frente de ação do Plano Municipal de enfrentamento ao mosquito. “Além de intensificar as visitas dos agentes de endemias, a prefeitura tem realizado a limpeza de terrenos baldios e notificou proprietários para que tomem as providências necessárias para eliminar focos do mosquito, por se tratar de uma questão de saúde pública“, explicou.

De acordo com a prefeitura, os cerca de 350 agentes de saúde ambiental do município já realizaram cerca de 600 vistorias nos últimos meses. Também foram retirados de circulação mais de 110 mil pneus. Segundo a Vigilância Ambiental, o número de notificações de dengue caiu de 526 casos, em junho deste ano, para aproximadamente 28, uma redução de 94,67%.