VIDA URBANA
'Educação para trânsito devia ser matéria nas escolas', defende superintendente
Agamenon Vieira afirma que órgãos de trânsito não conseguem resolver o problema.
Publicado em 31/05/2019 às 13:31 | Atualizado em 31/05/2019 às 18:36
“Não entendo porque não temos uma matéria de educação para o trânsito na sala de aula”. A declaração é do superintendente do Departamento Estadual de Trânsito da Paraíba (Detran-PB), Agamenon Vieira, que defende a medida como uma forma de redução da 'epidemia' de acidentes que atinge todo o país. Nesta sexta-feira (31) se encerra o Maio Amarelo, movimento que busca envolver a sociedade em ações e conscientização sobrea segurança no trânsito.
O último ato da campanha Maio Amarelo aconteceu no Sesc Centro, em Campina Grande. “Percorremos as principais cidades do estado, as cidades-polo, elevando essa preocupação e chamando os segmentos da sociedade para intensificar essa luta, que foi estabelecida pela ONU. Essa campanha [de conscientização] tem que ser diuturna e nos 365 dias do ano”, afirmou Agamenon.
O Movimento Maio Amarelo surgiu após Assembleia-Geral das Nações Unidas, realizada em março de 2010. Foi estabelecido uma meta para que os países reduzissem o número de acidentes em 50%. Agamenon ressalta que na atual conjuntura essa redução é praticamente impossível e defende a implantação de novas políticas para que isso possa acontecer.
“Órgãos de trânsito não têm como conter a 'epidemia' de acidentes de transito sozinhos. Educação para o trânsito deve partir da sala de aula”, afirmou o superintendente do Detran-PB. Para Vieira, isso mudaria a situação a longo prazo. “[Deve ser colocada]a partir de uma disciplina obrigatória, não transversal, para que as pessoas desde criança comecem a entender, para que nas décadas futuras a gente diminua, como muitos paísde da Europa diminuiram”, pontuou.
Agamenon frisou ainda que as fiscalizações no trânsito estão “a desejar”, pois cidades que deveriam municipalizar o serviço, por força de lei, não fazem isso.
“ Qualquer pessoa que queira vivenciar uma experiência e ter noção dessa chaga do Brasil, isso é uma epidemia, basta chegar umas 18h no hospital de trauma de João Pessoa ou de Campina Grande. Parece uma guerra silenciosa, ambulâncias chegando, pessoas gritando. Chega a colocar em risco o atendimento geral à população”, avalia o superintendente do Detran-PB.
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