VIDA URBANA
El Niño reduz chuvas e aumenta temperaturas no semiárido da PB
Segundo Aesa, previsão para os próximos três meses é de que chegada do fenômeno ao Nordeste provoque clima mais seco e quente no Cariri, Curimataú e Sertão da PB.
Publicado em 22/02/2010 às 10:06
Karoline Zilah
O fenômeno climático El Niño poderá trazer menos chuvas e aumentar as temperaturas nas regiões do Cariri, Curimataú e Sertão da Paraíba para os meses de março, abril e maio. Ou seja: ao contrário de janeiro, quando o índice pluviométrico ficou acima do esperado, a população e os agricultores deverão se preparar para um clima mais seco e quente nesta temporada.
Esta é a previsão obtida pela Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado (Aesa) durante o encontro de análise climática ocorrido nos dias 18 e 19 de fevereiro em Natal, no Rio Grande do Norte.
O meteorologista Alexandre Magno, representante do Estado no evento, explicou que devido ao El Niño as chuvas deverão se comportar de forma irregular com tendências a totais abaixo da média histórica. “Com relação ao clima, o fenômeno El Niño trará chuvas de intensidade moderada para o Nordeste do Brasil”, comentou o especialista.
O encontro também identificou que a região do semiárido sofrerá com temperaturas cerca de 2ºC mais elevadas, acima da média histórica. No Cariri, o termômetro deve oscilar nos meses de março, abril e maio dos 30ºC para os 32ºC. Já no Sertão, onde a média é de 32º, o calor deve chegar aos 34º. Contudo, Alexandre Magno lembra que há casos isolados, como no município de Patos, onde normalmente a temperatura é mais alta, chegando a atingir os 38ºC, segundo a previsão feita no evento.
“Como o El Niño reduz a nebulosidade da região, consequentemente os municípios serão atingidos por uma maior radiação solar, o que aumenta a temperatura atmosférica”, explicou o meteorologista.
De acordo com Alexandre Magno, a 3ª Reunião de Análise e Previsão Climática para o Semiárido Nordestino teve como objetivo fazer um monitoramento das condições climáticas de todo o Nordeste e, com isso, avaliar os resultados da última reunião de previsão climática que aconteceu no mês de janeiro em Fortaleza. Os encontros deverão acontecer mensalmente.
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