VIDA URBANA
Parque Cruz da Menina é reconhecido como Patrimônio Imaterial da Paraíba
Espaço é considerado como sagrado e desde 1993 recebe romeiros de todo o Brasil.
Publicado em 24/12/2020 às 10:47 | Atualizado em 24/12/2020 às 16:58
A edição desta quinta-feira (24) do Diário Oficial do Estado (DOE) trouxe a publicação da lei que reconhece o Parque Religioso Cruz da Menina como Patrimônio Imaterial da Paraíba. O local fica na cidade de Patos, no Sertão do Estado. A iniciativa veio de um projeto do deputado estadual Nabor Wanderley (Republicanos), que será prefeito da cidade pela terceira vez, a partir de 1º de janeiro, sancionada como lei pelo governador João Azevêdo (Cidadania).
O parque foi fundado pelo Governo da Paraíba em 1993, na gestão do então governador Ronaldo Cunha Lima, mas há anos é administrado pela Diocese de Patos. O local é considerado como sagrado, onde anualmente recebe milhares de fiéis e turistas de todo o Brasil, que visitam o santuário para fazer promessas, agradecer por graças alcançadas ou apenas para conhecer a história da menina Francisca.
Nabor Wanderley acredita que a transformação do local em Patrimônio Imaterial da Paraíba, possibilitará a realização de convênios entre o Poder Público, iniciativa privada e a Diocese de Patos, com o objetivo de obter recursos para manter a preservação do espaço.
“A edificação do Parque Cruz da Menina foi uma luta do deputado federal Edvaldo Motta que só foi entregue na gestão do governador Ronaldo Cunha Lima, em 1993. De lá pra cá são inúmeros os fiéis que vão a Patos visitar o parque e precisamos garantir a sua conservação. Por isso, a nossa iniciativa em apresentarmos o Projeto de Lei para tornar a Cruz da Menina em patrimônio imaterial como forma de garantir a sua conservação. Fiquei muito feliz com a aprovação do Projeto pela Assembleia Legislativa e mais ainda com a sanção do Governador”, finalizou o parlamentar.
História
A história do parque começou no ano de 1929, segundo populares. No dia 13 de outubro de 1923 foram encontrados os restos de uma menina chamada Francisca, que foi brutalmente assassinada. Uma cruz foi colocada no local para indicar o caso e a partir daí pessoas paravam para rezar pela alma da garota.
A tradição popular conta que tempos depois um agricultor chamado José Justino do Nascimento fez orações a Deus por intermédio da menina por causa da seca que assolava a região na época. Logo depois, ele cavou um buraco que tinha água suficiente para salvar seu rebanho. Por causa disso, ele resolveu construir uma capela em memória da menina, que foi inaugurada no dia 25 de abril de 1929.
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