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VIDA URBANA

Setembro Amarelo: Entenda os sinais e sintomas da depressão infantil

Na maioria dos casos, doença se expressa de forma diferente dos adultos.

Publicado em 23/09/2018 às 7:00 | Atualizado em 23/09/2018 às 12:27


                                        
                                            Setembro Amarelo: Entenda os sinais e sintomas da depressão infantil
Francisco Franca

O mês de setembro foi escolhido para aumentar a divulgação de doenças como depressão e intensificar a prevenção ao suicídio. Um público muitas vezes esquecido quando se fala desse tema é o infantil, mas que também deve ser levado em consideração. Segundo dados estatísticos da Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio entre os jovens de 15 a 29 anos já é a segunda maior causa de mortes em todo o mundo. "Os sintomas da depressão infantil são diferentes dos sintomas da doença em adultos", explicou a psicóloga infantil Marcella Andrade.

A diferença dos sintomas pode assustar os pais já que a maioria das crianças não fica triste e desmotivada como os adultos. "Em grande parte dos casos de depressão infantil, as queixas são físicas (como dor de cabeça e dor abdominal), seguidas por ansiedade, hiperatividade, irritabilidade, diminuição do apetite, alterações do sono, choro fácil". Segundo a psicóloga, algumas crianças podem voltar a urinar na cama ou perder o prazer em realizar atividades que antes eram prazerosas para ela.

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Pais em alerta

Esse comportamento diferente dificulta o diagnóstico. "Dependendo da idade da criança, a depressão infantil pode ser confundida pelos pais como birras, mau humor e crises de agressividade". Porém, caso esses sintomas persistam, é a hora de buscar um psicólogo.

Por isso, os pais devem ficar atentos a qualquer mudança de comportamento da criança. "Se seu filho era uma criança agitada, brincalhona e passa a ter um comportamento mais introvertido, quieto, esse já seria um alerta", informou Marcella. Outro ponto de alerta é a diminuição do rendimento escolar, sensação de cansaço e dores recorrentes no corpo.

"É muito difícil uma criança pedir ao pai para ir a um psicólogo", alertou a psicóloga. "É função dos pais levar suas crianças ao psicólogo e explicá-lo o porquê disso e qual a sua função", completou. Ela explica ainda que é importante que os pais sejam totalmente sinceros com a criança. "Muitas vezes os pais simplesmente deixam a criança lá e ela não sabe o que está fazendo no local. Ou então falam histórias de que vai deixá-lo com "uma tia que gosta de brincar'", o que deve ser evitado.

* Sob supervisão de Aline Oliveira

Imagem

Bruna Cairo

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