VIDA URBANA
Erosão no Cabo Branco continua
Há cerca de três anos, a calçada e o muro da praça estão sendo destruídos gradativamente e não foi feita ainda nenhuma intervenção definitiva.
Publicado em 22/10/2011 às 6:30
A praça de Iemanjá, no final da praia do Cabo Branco, em João Pessoa, está sofrendo com a erosão e a força do mar. Há cerca de três anos, a calçada e o muro da praça estão sendo destruídos gradativamente e não foi feita ainda nenhuma intervenção definitiva. A praça, assim como a orla do Cabo Branco, é frequentada diariamente por inúmeras pessoas que caminham no calçadão.
“O verão já vai começar, os turistas vêm para João Pessoa e a praça vai ficar desse jeito? Eu esperava que essa situação fosse resolvida antes, até porque representa um perigo para crianças”, destacou a jornalista Nara Lima, moradora de Tambaú, que caminha diariamente na praia. Gaúcha e morando em João Pessoa há três anos, ela lamenta o descaso com o patrimônio público.
O piso da praça, próximo ao mar, já foi todo destruído pela força da água, deixando tijolos e ferros expostos. Há apenas uma placa com a indicação: 'Atenção – Área com Risco de Desmoronamento'. O hoteleiro Edilson Matos, que trabalha na orla e caminha na praia, também se revolta com o estado da praça. “A situação vem se agravando e não vejo nenhuma intervenção. É uma pena”, disse. “Sei que existe um grande projeto para a barreira do Cabo Branco, mas ninguém sabe quando vai começar”, completou o hoteleiro.
De acordo com informações da assessoria de comunicação da Secretaria de Planejamento de João Pessoa (Seplan), a praça só será reformada após a contenção da falésia do Cabo Branco. O projeto da Prefeitura da capital ainda aguarda aprovação da Caixa Econômica e da Sudema para poder ser licitado. O processo de licitação demora, em média, 90 dias para ser finalizado.
O projeto está orçado em cerca de R$ 15 milhões. Será feito, em uma primeira etapa, um cinturão de proteção, com a colocação de arrecifes artificiais nos locais onde já há os arrecifes naturais, para conter o avanço do mar e evitar a erosão. Posteriormente, será feita a recuperação da barreira do Cabo Branco e, finalmente, da praça de Iemanjá.
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