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VIDA URBANA

Escola privada de JP lidera notas do Enem

Escola Virgem de Lourdes, “Lourdinas”, obteve melhores notas em quatro das cinco áreas avaliadas no Enem, segundo relatório do MEC.

Publicado em 27/11/2013 às 6:00 | Atualizado em 04/05/2023 às 12:25

Uma escola da rede privada de ensino da Paraíba, localizada em João Pessoa, lidera o ranking ao obter as melhores notas em quatro das cinco áreas avaliadas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2012.

De acordo com levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Educação (MEC), a Escola Virgem de Lourdes, “Lourdinas”, localizada na capital, obteve os melhores resultados nas provas objetivas de Linguagem (589,26), Ciências Humanas (648,10), Ciências da Natureza (600,40) e Redação (676,67), ficando o primeiro lugar em Matemática para o Polígono Vestibulares, com a nota de 715,43.

Na rede pública de ensino, a melhor escola da Paraíba, segundo o MEC, é o Centro Estadual Experimental de Ensino e Aprendizagem Sesquicentenário, mantido pelo governo do Estado e localizado no Bairro dos Estados, em João Pessoa. A instituição de ensino obteve as três melhores notas da rede pública nas áreas de Linguagem (501,44), Matemática (542,95) e Ciências Humanas (544,42).

Já no quesito Ciências da Natureza, o melhor desempenho entre as instituições estaduais ficou com a Escola Municipal Professora Fildani Souto Gouveia, localizada em São Mamede, que obteve nota de 483,51. Na Redação, a melhor escola estadual foi a Joaquim Alves Caluete, no município de Parari, que obteve 558 de nota.

Para o diretor do Sesquicentenário, Ernane Rodrigues de Carvalho Filho, o resultado não é surpresa e deve-se à dedicação dos professores e do método de ensino, que visa não apenas a preparar os estudantes para o Enem, mas sim para a vida.

“Somos uma escola pública que funciona de maneira diferenciada, contando não apenas com os professores à frente do ensino, mas com um grande corpo de apoio, que conta com coordenação geral, coordenação pedagógica e assessoria de mestres e doutores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em reuniões quinzenais de autoavaliação, e o desenvolvimento constante de projetos de motivação para os alunos”, contou.

Os estudantes Mariana Lima e Davidsan Pessoa de Menezes, ambos de 17 anos, são alunos do Sesquicentenário e apesar concluírem o Ensino Médio este ano, fizeram as provas do Enem em 2012 e obtiveram notas que seriam suficientes para suas aprovações nos cursos que desejavam ingressar na UFPB.

“Resolvi participar do Enem o ano passado para saber como era a sensação, para prever o que eu sofreria com relação a pressão e medo. Confesso que o nervosismo me atrapalhou, mas a nota que obtive foi suficiente para que eu estudasse Nutrição na UFPB, mesmo não tendo aprendido conteúdos relativos ao terceiro ano do ensino médio”, disse Mariana Lima.

Já Davidsan revelou que a experiência de fazer o Enem em 2012 o deixou mais tranquilo para a prova deste ano e que, apesar de cansativo, o Exame não é tão difícil quanto imaginava.

“Não senti que a prova foi difícil porque estava bem preparado.

Minhas dúvidas ficaram resguardadas apenas aos conteúdos referentes ao terceiro ano, que não havíamos estudado, mas o esforço dos professores e a qualidade do ensino que tivemos aqui garantiram um resultado que me colocaria no curso de Engenharia Elétrica, ainda com 16 anos de idade”, ressaltou o estudante.

Em Campina Grande. Assim como ocorreu em João Pessoa, a Escola Virgem de Lourdes, da rede privada de ensino, foi a que obteve melhor desempenho entre as 25 unidades educacionais de Campina Grande que integram a lista divulgada pelo MEC. Conforme o levantamento, a escola obteve as melhores notas de Campina Grande nas cinco áreas de conhecimento avaliadas pelo Enem.

Na contramão desses números está a Escola Estadual Rubens Dutra II, localizada no distrito de Catolé de Boa Vista, que obteve as piores médias da cidade em quatro das cinco áreas do exame. Conforme os números, os 15 alunos da escola que fizeram as provas tiveram o pior rendimento em Redação (396) e nas provas objetivas de Ciências da Natureza (419,51), Linguagens e Códigos (434,25) e Ciências Humanas (449,02).

Ao avaliar os números, a diretora da Rubens Dutra II, Isabel Cristina, disse que o resultado negativo se deve a um conjunto de fatores, sendo o principal deles o problema com o transporte escolar. Segundo a diretora, muitas vezes os alunos não conseguem chegar à escola, pois dependem dos ônibus escolares.

Outro problema, de acordo com ela, diz respeito ao convênio com a prefeitura para que os alunos da escola possam ser transportados pelos veículos do município. “À tarde os alunos tem que sair mais cedo, pois as aulas da rede municipal acabam antes e para não perder o ônibus eles têm que sair nesse horário”, explicou ela, acrescentando que o nervosismo e a falta de motivação de alguns alunos, a maioria residente na zona rural, também pode ter interferido no desempenho no Enem. Algumas escolas da rede privada também reclamaram da ausência de seus nomes na lista divulgada pelo Enem. É o caso do Colégio Motiva e do Colégio Imaculada Conceição (Damas), que já enviaram reclamação ao Inep e aguardam resposta para que a falha seja corrigida.

Sobre a reclamação do transporte escolar, o gerente de transporte da Secretaria de Educação de Campina Grande, Hugo Rocha, disse desconhecer que alunos do Estado estejam precisando sair mais cedo para acompanhar o horário dos ônibus do município.

“Não temos essa informação. Isso pode ter acontecido uma vez ou outra, em virtude da manutenção de um dos veículos. Mesmo assim, a nossa orientação é que quando isso aconteça outro ônibus cubra esse trajeto, não tendo chegado a nós nenhuma reclamação”, acrescentou.

BAIXO DESEMPENHO EM PORTUGUÊS

Os dados do Enem ainda mostram que os desempenhos dos alunos em Matemática foram melhores do que em Português.

Para a professora de Língua Portuguesa, Acássia Maria Costa Garcia, docente da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), o baixo desempenho dos alunos na prova de Português do Enem é reflexo dos problemas de aprendizagem impostos pela disciplina.

Com experiência de quem atua há mais de 30 anos na área, ela explica que os estudantes enfrentam dificuldades na hora de interpretar textos e compreender regras de Gramática. “Os alunos não entendem o que leem. Não conseguem entender a mensagem passada pelo texto e não conseguem responder bem às questões da prova. A gramática também é complicada, apesar de estar mais simples atualmente. Mas existem regras e exceções, que causam confusão na cabeça do aluno”, afirmou.

“Os alunos estão acostumados a copiar tudo da internet. Criam textos juntando pedaços de textos de outros autores. Mas não sabem que, no final, esse texto vai ficar sem sentido, porque cada texto é resultado da visão de mundo do autor. Resultado disso é que os alunos não conseguem encaixar conjunções e até a construção de um parágrafo é feita com dificuldade”, declarou.

Já na Matemática, que costuma ser a responsável por notas vermelhas em muitos boletins escolares, o desempenho dos participantes do Enem foi melhor em relação a Português. O professor do ensino médio da Secretaria de Estado da Educação, Marconildo Carneiro, que leciona na área há mais de 27 anos, conta que o resultado do Enem é consequência da atuação do professor em sala de aula.

“Os professores passaram a se dedicar mais, a fazer um esforço incansável para pesquisar e passar aos alunos os novos processos de aprendizagem. Eles passaram a entender as dificuldades dos alunos para evitar o chamado 'decoreba'”, disse. (Colaborou Nathielle Ferreira)

MELHORES ESCOLAS DE JOÃO PESSOA POR ÁREAS DE CONHECIMENTO

REDAÇÃO
Lourdinas (676,67)
Polígono Vestibulares (674,55)
Motiva (666,98)
Monteiro Lobato (662,86)
Marista Pio XI (656,61)

CIÊNCIAS DA NATUREZA
Lourdinas (600,40)
Polígono Vestibulares (588,54)
Motiva (586,37)
Colégio Colibri (584,14)
Geo Tambaú (571,43)

CIÊNCIAS HUMANAS
Lourdinas (648,10)
Motiva (627,59)
Polígono Vestibulares (626,42)
Geo Tambaú (614,39)
Marista Pio XI (608,93)

MATEMÁTICA
Polígono Vestibulares (715,43)
Lourdinas (712,47)
Motiva (686,56)
Colibri (683,24)
Geo Tambaú (664,81)

LINGUAGENS
Lourdinas (589,26)
Polígono Vestibulares (578,25)
Motiva (570,59)
Geo Tambaú (568,80)
Ação Colégio e Curso (560,51) (Colaborou Deborah Souza)

Imagem

Jornal da Paraíba

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