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VIDA URBANA

Espaço para ginástica e brincadeiras infantis

João Pessoa tem nove praças com esse perfil, atraindo dezenas de pessoas diariamente.

Publicado em 23/06/2013 às 10:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 13:48

Uma das novidades que tem atraído a população para algumas praças da capital são as áreas equipadas com aparelhos para ginástica e parque infantil. Ao todo são nove praças com esse perfil localizadas nos bairros Funcionários 1 e 2, Esplanda, Rangel, Mangabeira, Bancários, Treze de Maio, Castelo Branco e Manaíra.

Entre as mais procuradas está a Praça da Paz, no bairro dos Bancários, Zona Sul da capital. No começo da manhã e no final da tarde, a praça atrai dezenas de pessoas todos os dias, inclusive vindas de outros bairros. Com tanta gente no local, a prática de exercícios ficou complicada e os aparelhos de ginástica são disputados.

A estudante Camila Bezerra, que mora nos Bancários, conta que o período entre o final da tarde até as 21h é o mais movimentado e fica difícil até fazer caminhada. “As pessoas não respeitam o local reservado para a caminhada e ficam passeando, atrapalhando quem quer caminhar. Quando não é isso, as crianças também ficam correndo e andando de bicicleta na pista”, disse.

A constante concentração de pessoas também atraiu vendedores ambulantes, que instalam as famosas “carrocinhas de lanche” e ainda alugam motonetas infantis. De acordo com a assessoria de comunicação da Sedurb, a Pasta, juntamente com a Secretaria de Comunicação Municipal, está elaborando uma campanha educativa para conscientizar a população. Ainda segundo a assessoria o projeto deverá ser lançado no próximo semestre.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Urbano da capital, Assis Freire, existe uma delimitação da área permitida para crianças andarem em velocípedes e também há um projeto para fazer uma pista educativa de trânsito mirim por trás da quadra da Praça da Paz.
Além das praças equipadas com aparelhos de ginástica, a Prefeitura da capital também oferece, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, o projeto João Pessoa Vida Saudável, que é realizado nessas nove praças e em mais 11 praças da cidade, além do Clube da Pessoa Idosa, no Altiplano.

PRAÇA DA PEDRA FOI CONSTRUÍDA EM 1932

Entre os contos populares e as pesquisas de historiadores, há muitas especulações a respeito da construção da Praça da Pedra e como o monolítico (rocha única), de aproximadamente duas toneladas, que deu nome à praça teria sido levado até o local. Assim como a placa afixada na pedra, a praça foi inaugurada em 1950, em homenagem ao presidente João Pessoa. Porém, a praça teria sido construída em 1932, como explica a historiadora Conceição Paulino.

Segundo a pesquisadora, a área do Centro da cidade onde está a Praça da Pedra era reduto de operários que trabalhavam em fábricas e indústrias existentes nas proximidades. A praça teria sido construída pelos trabalhadores e a rocha teria sido trazida do município de Cruz do Espírito Santo, no Agreste, e levada até o local onde está desde então pelos operários.

“Conta-se que durante a Revolução de 1930 uma manifestação dos trabalhadores em apoio à João Pessoa teria saído daquela praça. Há todo um simbolismo por trás da ideia da pedra. Como a pedra é sinônimo de fortaleza e rigidez, a pedra pode ter sido colocada no local para representar isso”, disse Conceição Paulino.

PRAÇAS DETERIORADAS

O bairro do Varadouro é característico por abrigar boa parte dos prédios que compõem o Centro Histórico da capital e apesar das sete praças, que também integram o patrimônio histórico, duas estão deterioradas pela ação dos vândalos e do tempo.

As praças em questão são a Napoleão Laureano, localizada em frente à Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), no Varadouro, e a Antônio de Pádua Carvalho, nas proximidades da Rua da Areia. Nos dois locais, as árvores precisam de poda e também é necessário fazer capinagem. A situação mais preocupante é a da praça Napoleão Laureano. O local foi tomado por ambulantes e quase não se percebe que a área se trata de uma praça.

Outros três espaços que também contam um pouco a história da capital são as praças da Pedra e João Pessoa, no Centro, e a Coronel Antônio da Silva Pessoa, em Tambiá. Apesar de estarem localizadas em avenidas principais e bem conhecidas da população, por comportar estabelecimentos comerciais, as duas praças parecem esquecidas pelo poder público.

Fundada em 1926 e mesmo tendo sido erguida em homenagem ao presidente Coronel Antônio Pessoa, que governou a Paraíba de 1915 a 1916, a praça que leva o nome do político no bairro de Tambiá, hoje não tem o mesmo apreço das autoridades públicas. Apesar de ser um espaço pequeno, os poucos bancos que estão na praça estão desgastados pela ferrugem e há buracos por toda a extensão do calçamento.

Na Praça da Pedra, construída em 1950 na Rua da República, no Centro, o cenário de abandono se repete e além da falta de manutenção, o lixo espalhado pelo local descaracteriza o ambiente público. A costureira Inês Brandão, que mora e trabalha nesta avenida há 32 anos, lembra com saudade os anos que a praça servia como lazer para turistas e moradores. “Antigamente, há uns 20 anos, essa praça era melhor e mais bem cuidada. Toda tarde tinha gente conversando aqui. Hoje a Praça da Pedra é a praça do lixo”, lamentou.

Nem mesmo o tombamento histórico protege a praça João Pessoa, também no Centro, da ação de vândalos e da depredação. O espaço aberto ao público existe desde 1928 e, em 1933, foi transformado em praça após a morte do político que a batizou. No local faltam manutenção na estrutura física, moradores de rua ainda usam a área como “banheiro”.

Segundo o diretor de Paisagismo da Secretaria de Desenvolvimento Urbano da capital (Sedurb), Ivanoe Schuler, essas duas praças estão em lista de espera para a manutenção. Já o secretário da pasta, Assis Freire, adiantou que a Sedurb têm equipes que trabalham diariamente na manutenção de todas as praças da capital e, pela quantidade de locais existentes, a atividade obedece a um cronograma.

O secretário informou ainda que vai aumentar as equipes de manutenção para acelerar o cronograma. No entanto, isto só poderá ser feito após o período das chuvas. “Com a chegada das chuvas fica difícil trabalharmos a parte alvenaria e pintura. Por enquanto, estamos trabalhando só com a capinagem”, explicou.

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Jornal da Paraíba

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