VIDA URBANA
Espaços evitam sofrimento
Segundo organização, depoimento em sala especial reduz estresse de crianças e adolescentes que foram violentadas sexualmente.
Publicado em 29/05/2012 às 8:00
O estudo “Depoimento Sem Medo – Culturas e práticas não revitimizantes: uma cartografia das experiências de tomada de depoimento especial de crianças e adolescentes”, apresentado em 2007 pela Childhood Brasil, defende que o depoimento especial evita ou reduz o sofrimento e o estresse a que as crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência sexual são submetidos durante o processo no Sistema de Justiça Brasileiro.
Ele afirma que, durante a “inquirição especial”, utilizam-se técnicas de instrução cognitiva de reconstrução do contexto.
Seriam elas: O “contar tudo” que se lembra do episódio, na ordem em que aconteceram e com instrução da memória em ordem diferenciada e com instrução de mudança de perspectiva, ou seja, o entrevistado vai mentalmente para outro local da cena.
A psicóloga Ângela Raquel Ramelli explica que tais condições ajudam a diminuir os traumas das vítimas. “É possível que ela oscile em seu depoimento ou não queira falar por medo, então o aconselhável é transmitir confiança. A criança precisa saber que o agressor não irá prejudicá-la, que ela não é obrigada a falar nada, embora falando poderá ter mais ajuda. Ela precisa saber que está segura”, explica.
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