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VIDA URBANA

Estação de Campina Grande levou o trem para o Sertão

Em Campina tinham grandes comerciantes que faziam comércio direto para a Europa.

Publicado em 23/03/2014 às 16:00

Onde eram instaladas, as estações ferroviárias impulsionavam a economia e o desenvolvimento das cidades que recebiam os primeiros trilhos. Depois da capital, o município de Campina Grande foi um dos que mais souberam aproveitar a vinda desse novo meio de transporte, na época, e também de onde partiram os primeiros trens em direção ao Sertão paraibano e ao estado do Ceará, conforme os registros históricos.

Assim como ocorreu em Itabaiana, a estação de Campina Grande era tida como estratégica para a ligação com os outros municípios e também com os estados vizinhos, por onde escoavam as produções de algodão, por exemplo.

“Havia toda uma comercialização muito grande nessa área. Na época do ciclo do algodão, que era exportado de trem para o porto, na capital, desse material que vinha para Campina Grande a maior parte era produzida na região do Agreste. Em Campina tinham grandes comerciantes que faziam comércio direto para a Europa. Isso foi o que projetou o município para ser uma cidade importante para a Paraíba, como ainda é hoje”, destacou o pesquisador da UFCG.

O historiador lembra ainda que a chegada das linhas férreas em Campina ocorreu em 1907, e em 1920 começaram a partir os primeiros trilhos, do estado do Ceará em direção aos municípios do “Baixo Piranhas”, rumo ao Sertão paraibano. O primeiro a receber os saudosos trens “maria fumaça”, que circulou até meados de 1930, foi o município de São João do Rio do Peixe, em 1922. Três anos depois, as linhas férreas chegaram a Cajazeiras e Sousa. Mais tarde, em 1934, chegou a vez de Pombal e 10 anos depois, Patos.

Ainda segundo as pesquisas do historiador, as estações e estradas de ferro eram levadas para os municípios para atender também o que ele classificou como “tramas políticas” da época.

“Uma ferrovia não chegava em função da racionalidade econômica, mas também pela trama política. Se fosse pelo poderio econômico, quem deveria ter recebido a primeira ferrovia do Sertão teria sido Cajazeiras e não São João do Rio do Peixe. Só chegou lá, porque o padre Cirilo, que morava em São João, era amigo do presidente Epitácio Pessoa”, revela Gervácio Aranha.

Já em 1954, começava a ser instalada a linha férrea de Campina Grande em direção ao município de Patos no Sertão e quando completava-se meio século da chegada da ferrovia na cidade, a linha foi inaugurada e construía-se a “Nova Estação” de Campina. Deste local, segundo o pesquisador, até por volta de 1980 partia o famoso “Asa Branca”, trem que saía de Recife, passava por Fortaleza e chegava à Rainha da Borborema.

Ao contrário da estação antiga, onde funciona o Museu do Algodão, no Centro da cidade, o prédio da Estação Nova, localizado no bairro Santa Rosa, está entregue ao descaso.

Segundo os moradores, desde que foi desativado, há mais de 20 anos, o prédio é alvo constante de vândalos e está repleto de rachaduras e infiltrações.

Imagem

Jornal da Paraíba

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