VIDA URBANA
Estudantes recusam merenda
Uma pesquisa realizada este ano na Escola Municipal Roberto Simonsen levantou mais este problema.
Publicado em 25/11/2012 às 8:00
Uma pesquisa realizada este ano na Escola Municipal Roberto Simonsen levantou mais um problema no sistema educacional de Campina Grande. O que fazer para evitar o desperdício da merenda escolar? Tal questionamento foi apresentado pela professora Maria Cristina Monteiro, que ouviu 70 alunos da instituição e constatou que quase 70% deles comete ações que levam ao subaproveitamento da comida que tem a função de complementar a alimentação dos estudantes.
O que leva a esse quadro preocupante? A professora aponta: “Primeiro é preciso diversificar mais a merenda escolar. Insistir em apenas alguns itens faz com que esses alunos, que ainda não têm uma consciência do que representa desperdiçar comida, acabem cometendo essa falha. Depois vem a concorrência desleal que é: refrigerante, coxinha, pastel, salgadinho e outros alimentos que são a preferência de muitos deles”, contou Maria Cristina.
A docente explicou que em sua pesquisa os alunos apontaram que se na merenda tivesse mais frutas e menos bolachas, eles sentiriam mais vontade de comer. “Nós temos que despertar nesses alunos o senso de que se ele não está com vontade de comer, não vá para a fila. Eles querem mais frutas e refeições com arroz, macarrão, o que é compreensível”, acrescentou a professora, que ainda alertou sobre outro problema, o desperdício dentro de casa.
“Nessa pesquisa nós identificamos que os mesmos alunos que acabam jogando a comida fora na escola, também desperdiçam em casa. Eles chegam sem vontade de comer e, quando montam seu prato, deixam metade da comida, que acaba indo para o lixo também”, acrescentou Maria Cristina, que apontou a missão que os professores têm de orientar valores que vão além da sala de aula. “Temos que prestar atenção na formação do cidadão. Essa é a saída que temos”, destacou.
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