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VIDA URBANA

Falta de manutenção em Fortaleza preocupa

Turistas reclamam de problemas na conservação do forte de Santa Catarina, em Cabedelo.

Publicado em 19/02/2015 às 6:00 | Atualizado em 21/02/2024 às 16:17

A Fortaleza de Santa Catarina, em Cabedelo, na Região Metropolitana de João Pessoa, é uma edificação histórica, datada de 1586 e tombada em 1938. Local de grande visitação turística, a edificação sofre com o desgaste natural e com as ações do homem, que acabam destruindo o bem histórico e cultural. A falta de manutenção incomoda visitantes, que, por ano, somam aproximadamente 30 mil pessoas.

A grama que cresce desordenada e toma conta das muralhas, as paredes que em partes são destruídas ou que precisam de nova pintura, ou ainda os canhões, correntes e âncoras que compõem o cenário e a história do ambiente, são exemplos do descuido e da falta de atenção do poder público, que não investe em ações de conservação ou restauração.

Segundo historiadores, a construção do monumento foi reconhecida em 1586, durante o governo de Frutuoso Barbosa, para que servisse de defesa para a Cidade de Nossa Senhora das Neves (como se chamava à época). Sendo assim, foi escolhida a ponta de terra à margem direita do rio Paraíba, denominado Cabedelo, que quer dizer ponta de areia ou pequeno cabo.

O forte foi construído de madeira e taipa, na parte mais extrema do cabo, dominando toda a embocadura do rio que dá acesso à cidade. O problema é que a história corre o risco de se perder no tempo, pois devido à falta de manutenção dos materiais usados na edificação, a Fortaleza de Santa Catarina caminha para se tornar ruínas do que um dia foi o símbolo da resistência portuguesa contra a invasão holandesa. Atualmente, quem visita o local se espanta com a beleza da estrutura, mas se decepciona com o descuido.

A vendedora Israelma Moraes, 20 anos, mora em Patos, mas aproveitou o período de Carnaval para visitar Cabedelo e conhecer a Fortaleza de Santa Catarina, tão falada nos livros de história sobre a ocupação na Paraíba. Segundo ela, o local precisa de mais cuidados. “É a primeira vez que estou vindo visitar a Fortaleza, que é muito bonita, mas que precisa de mais atenção e alguns cuidados de preservação. Espero vir outras vezes e na oportunidade ver uma Fortaleza mais bem cuidada e preservada”, relatou.

Essa também foi a visão da turista de Brasília Sandra Araújo, que também conheceu pela primeira vez a fortaleza, em companhia do marido. “Faz pouco tempo que cheguei, mas já vi que o lugar é lindo e aparentemente bem conservado. Porém, se observado mais minuciosamente é possível perceber que algumas coisas precisam ser feitas para garantir a perpetuação do lugar. Os canhões mesmo estão se acabando em ferrugem de tanto ficarem expostos ao sol e à chuva sem a manutenção devida”, declarou.

No início do segundo semestre do ano passado, os militares do Exército Brasileiro, em João Pessoa, realizaram atividades de limpeza e capinação da Fortaleza de Santa Catarina, como apoio ao pedido dos órgãos responsáveis pelo local e prefeitura, ao governo do Estado, mas a necessidade de uma nova ação já é visível.

ENTIDADES SÃO RESPONSÁVEIS PELO LOCAL
De acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura de Cabedelo, a responsabilidade de manutenção da Fortaleza é da Fundação Fortaleza de Santa Catarina e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Segundo o representante da Fundação Fortaleza de Santa Catarina, Osvaldo Carvalho, a instituição funciona com recursos próprios, através de colaboradores, das entradas pagas pelos visitantes para acessar o local e de alguns eventos que são realizados esporadicamente.

“O que entra não dá para suprir 30% das necessidades que temos com a manutenção, porém se o Iphan transferisse um terço do que é encaminhado para as empresas privadas, teríamos melhores condições de manutenção”, comentou. A Fundação assumiu a manutenção do ponto turístico em 1991, desde então com o apoio do Iphan, o local funciona com ajuda de colaboradores.

Conforme o superintendente do Iphan, Cláudio Nogueira, o órgão tem ciência das dificuldades enfrentadas pela Fundação e procura apoiá-la no processo de preservação e manutenção. Em 2014, em parceria com o 1º Grupamento de Engenharia e a interveniência do Governo do Estado, foi realizada a limpeza geral do monumento e suas edificações, além de capina dos terraplenos das muralhas e do entorno. (Colaborou Secy Braz)

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Jornal da Paraíba

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