VIDA URBANA
Falta de médicos e outros problemas leva CRM a fechar 13 PSFs
Foram encontradas unidades alagadas, material de esterilização impróprio e até mesmo postos funcionando dentro de igrejas e escolas.
Publicado em 18/09/2015 às 14:00
O Conselho Regional de Medicina (CRM) interditou 13 postos de saúde da família (PSFs), em uma operação realizada na manhã desta sexta-feira (18). Onze estava localizados no município de Santa Rita e dois em São Miguel de Taipu. Entre as irregularidades encontradas estavam a estrutura inadequada, esterilização imprópria dos equipamentos e a falta de médicos nas unidades.
"Na última vez que estivemos aqui, a unidade estava alagada porque tem um vazamento no teto e para transitar no interior era bem difícil. Um estrutura como essa não pode funcionar como posto de saúde da família", explica Francisco Leite, médico fiscal do CRM e responsável pela interdição dos postos de Santa Rita.
Há dois meses, a equipe do CRM , junto com o Ministério Público, fiscalizou os postos de saúde da cidade e apontou essas irregularidades em um relatório, que foi encaminhado à Prefeitura de Santa Rita. "Voltamos para verificar se até agora tinha havido alguma mudança, mas como se encontra da mesma forma, temos que interditar. O Conselho não pode ser omisso em um caso como esse porque a condição é precária e desumana. Espero que com isso as autoridades tomem alguma providência", afirmou o médico.
"Na semana passada realizamos uma apresentação na Câmara de Vereadores de Santa Rita, onde esperávamos a presença da Secretária de Saúde Ana Carla Palmeira, que não compareceu. Fiz inclusive uma exposição fotográfica dos problemas encontrados nos PSFs, mas até agora nenhuma atitude foi tomada por eles", relata o diretor do Departamento de Fiscalização do CRM, João Alberto Morais de Pessoa.
Na escola e na igreja
As âncoras de São Miguel de Taipu serviam como apoio ao posto de saúde principal para que a população que mora em lugares mais afastados, como sítios, pudesse ter atendimento médico. Uma delas funcionava em uma pequena escola e a outra em uma igreja. Segundo o CRM, nenhum desses ambientes tinham uma estrutura física suficiente para dar suporte médico à população.
A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA procurou a Prefeitura de Santa Rita e de São Miguel de Taipu, mas não foi atendida.
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