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VIDA URBANA

Falta estrutura nas USFs de JP, reclamam médicos

Categoria formalizou denúncia ao CRM-PB, que vai realizar fiscalização nas unidades.

Publicado em 27/05/2015 às 6:00 | Atualizado em 08/02/2024 às 18:52

Os médicos que atuam no Programa de Saúde da Família (PSF) denunciam condições inadequadas de funcionamento das Unidades de Saúde da Família (USF) de João Pessoa. A falta de condições de trabalho, equipamentos, materiais, segurança e o piso salarial são as principais reclamações feitas pelos profissionais ao Sindicato dos Médicos do Estado da Paraíba (Simed).

A categoria formalizou a denúncia ao Conselho Regional de Medicina na Paraíba (CRM-PB), em assembleia de urgência, ocorrida ontem. A partir de hoje, o sindicato vai solicitar fiscalizações da Vigilância Sanitária de João Pessoa e o CRM notificar a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). As reclamações partem também da população, que alega a falta de medicamentos e vacinas em algumas unidades da capital.

Atualmente, 101 médicos prestam serviço nas USFs de João Pessoa, apenas 33 são efetivos e 40 fazem parte do Programa Mais Médicos. Das 180 unidades de saúde da família, 30 estão em estado mais crítico, são justamente as unidades que funcionam em prédios alugados, segundo o Simed. De acordo com o presidente do sindicato, o médico Tarcísio Campos, as denúncias partiram dos próprios médicos que alegam as péssimas condições de trabalho nos locais, a falta de higiene e de segurança patrimonial.

Os médicos alegam também que deveria ser feito concurso público para efetivar os prestadores de serviço, que estão em maior número. Os profissionais efetivos não têm os salários ajustados há mais de três anos e vão se aposentar com piso igual a R$ 1.200, valor bem abaixo do salário mensal que é de R$ 7.000. Pedem também a igualdade dos salários com os médicos do Mais Médicos, que recebem R$ 10.500 e uma folga a mais.

"Os médicos dos PSFs estão tendo que trabalhar em meio a péssimas condições. Algumas unidades não oferecem estrutura para o desenvolvimento dos trabalhos. Faltam materiais, até os mais simples, como os usados para fazer curativos, luvas, seringas e medicamentos. Os profissionais trabalham sem segurança, alguns PSFs já foram arrombados, e muitos temem a própria segurança. Queremos também o reajuste salarial e igualdade com os médicos do Mais Médicos, pois existe uma disparidade grande e discriminatória. Estamos em busca de medidas eficazes para suprir as necessidades dos profissionais e pacientes", comentou Tarcísio Campos, presidente do Simed.

A reportagem visitou três unidades de saúde, indicadas pelo sindicato como as mais críticas: unidade Quatro Estações, na rua Jurema Teotônia da Silva, próximo ao ponto final do 301, em Mangabeira IV, unidade do Bairro Costa e Silva, na rua Graciliano Delgado, e unidade Nova Conquista, no bairro Alto do Mateus. Além destas, a unidade de saúde Paratibe II, no Valentina,também é uma das que têm mais irregularidades.

Na Quatro Estações, em Mangabeira IV, os quatro médicos que estavam de plantão preferiram não comentar o assunto. No local, alguns pacientes demonstravam insatisfação com o serviço público, como é o caso da dona de casa Maria da Guia, 26 anos, mãe de dois filhos. "Aqui falta medicação direto. Sempre venho me consultar nessa unidade e acabo tendo que ir para outra em busca dos remédios", explicou.

A unidade do Costa e Silva estava sem atendimento médico no dia da visita. Os dois médicos plantonistas não estavam no local, informação confirmada por Leia Pinto, gerente de apoio da unidade.

Já na unidade Nova Conquista, dos três médicos que atendem lá, apenas um se encontrava e não quis comentar a situação. Porém, pacientes relataram a falta frequente de vacinas e medicação, inclusive de remédios simples como Dipirona. "O que mais falta aqui é medicação, remédios simples como Dipirona eles não têm. Vacina é outro problema, temos muitas vezes que ir para outro local para tomar", denunciou a dona de casa Gerusa Pereira, 31 anos.

Por sua vez, o presidente do CRM, João Medeiros, garantiu que as denúncias já integram um relatório circunstancial que foi elaborado na assembleia de ontem, onde todas as irregularidades foram descritas.

"A partir das denúncias, o Conselho vai realizar uma fiscalização nas unidades e notificar os gestores. Após isso, daremos um prazo, e caso as reivindicações não sejam atendidas, e dependendo da situação encontrada em cada uma, o Conselho pedirá a interdição das unidades para garantir condições de trabalhos dos médicos e atendimento de qualidade à população", pontuou.

O QUE DIZ A SMS
A SMS informou por nota enviada pela assessoria de imprensa, que o órgão só pode se posicionar sobre as reivindicações da categoria médica, quando elas forem apresentadas formalmente à secretaria. Sobre as Unidades de Saúde da Família (USF) mencionadas, os casos foram repassados para as diretorias dos Distritos Sanitários responsáveis, para que verifiquem as denúncias e, se for o caso, tomem as devidas providências.

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Jornal da Paraíba

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