icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

Falta serviço de urgência na PB, revela sindicato

Segundo o Simed, quem precisa serviços do SUS  fica à mercê da própria sorte.

Publicado em 16/10/2011 às 13:16

Imagine que no meio da madrugada, alguém da sua família acorda reclamando de fortes dores no peito. Você, desesperado e sem saber o que fazer, chama um táxi ou coloca a pessoa no seu próprio carro e sai em busca de socorro. Em meio a toda essa confusão, você tenta lembrar qual hospital em João Pessoa atende emergências cardíacas. Se o paciente tiver um plano de saúde razoável terá hospitais a escolher e o problema pode ser contornado.

O mesmo não acontece com quem depende exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS), pois apesar do alto índice de problemas cardíacos no Estado, o atendimento – quando existe – é precário ou ineficiente. Um cenário que vai na contramão dos números: em 2010, segundo o Ministério da Saúde, 2.837 pessoas morreram, na Paraíba, em decorrência de problemas cardíacos.
Em João Pessoa, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde referentes a abril deste ano, 663 pessoas morreram também em consequência de complicações no coração. De acordo com o Sindicato dos Médicos da Paraíba (Simed-PB), quem precisa de urgência ou emergência cardiológica pelo SUS, no Estado, fica à mercê da própria sorte.

“Infelizmente, as urgências clínicas e cardiológicas são um grande problema e desafio, pois não existem políticas públicas para resolver esses casos, sobretudo nos feriados e finais de semana”, afirmou o médico Tarcísio Campos, presidente do Simed-PB. E assim, o problema soma-se aos outros existentes na saúde pública da Paraíba. Não há nenhum hospital público de referência em cardiologia.

Assim como a segurança, a educação e o lazer, a saúde é um direito previsto na Constituição Federal, porém, o que se vê é um abismo entre a realidade e a lei. De acordo com Tarcísio Campos, diante de uma urgência ou emergência cardiológica, quem depende do SUS tem poucas opções. Uma delas seria recorrer aos hospitais particulares conveniados, como o Dom Rodrigo, Santa Paula ou o Prontocor.

“Esses três hospitais são ligados à parte de cirurgia cardíaca, mas não têm o atendimento clínico”, frisou o sindicalista. Ou seja, nesses hospitais o paciente só será atendido se o caso for de cirurgia; qualquer outra situação, mesmo grave, será encaminhada a outra unidade hospitalar. E diante disso, geralmente, o Hospital Edson Ramalho também costuma ser procurado pelos pacientes nessa situação.

A Secretaria Estadual de Saúde confirmou que os conveniados são responsáveis pelas cirurgias, mas o atendimento clínico deve ser feito em outros hospitais, que pode ser o Edson Ramalho ou Ortotrauma. E garantiu que ninguém fica sem atendimento: o paciente, depois de receber os primeiros socorros, é encaminhado ao hospital conveniado, caso necessite de cirurgia.

A Secretaria Municipal de Saúde admitiu a inexistência de um hospital de referência em cardiologia, mas afirmou que o atendimento é garantido em outras unidades.

No entanto, boa parte da população desconhece que essa unidade hospitalar não tem estrutura: a área de emergência é o próprio corredor do hospital. Uma realidade que assusta, mas que acaba sendo a única esperança de centenas de paraibanos. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, se o médico constatar que o paciente precisa, por exemplo, de um cateterismo, o mesmo será levado para o Hospital Dom Rodrigo.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp