Faltam 11,5 mil policiais na PB

A Paraíba possui um déficit de 11.545 policiais, sendo 8.417 militares e 3.128 civis, segundo informações de entidades que representam os servidores no Estado. Atualmente, existem 9.518 policiais militares, segundo o Comando Geral da Corporação, e mais 1.872 policiais civis em atividade na Paraíba, quando o efetivo total necessário para atuar no setor de Segurança no Estado chegaria a 22.935.

De acordo com o presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Paraíba, coronel Francisco de Assis, a Lei Nº 87/2008, que normatiza o funcionamento da Polícia Militar, determina que o efetivo da PM deveria ser composto por 17.935 policiais.

Já na Polícia Civil, segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado, Antônio Erivaldo, o efetivo deveria ser de cinco mil pessoas, quando atualmente existem 1.872 funcionários, sendo 292 delegados, 797 agentes de investigação e 287 escrivães de polícia. “Além de leis que regem o funcionamento da Polícia Civil, essa estimativa surgiu diante da necessidade de combater o crescimento da população, das cidades e da violência”, comentou.

O comandante-geral da Polícia Militar da Paraíba, coronel Euller Chaves, disse que o governo está aumentando o efetivo da corporação e que contratou, só nos últimos dois anos, cerca de 800 policiais militares. No entanto, ele destacou que novas contratações só ocorrerão mediante crescimento da receita do Estado. “O Estado precisa adequar as contratações dentro do que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal”, justificou.

Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Segurança e Defesa Social informou que mesmo com esse déficit, apontado pelas entidades representativas dos servidores, as polícias Civil e Militar têm conseguido reduzir os números da violência no Estado.

O órgão ainda acrescentou que entre 2011 e 2012 houve redução de 8% nos crimes violentos letais e intencionais (CVLI), que compreendem homicídios e outros crimes que resultem em mortes. Ainda de acordo com a assessoria de imprensa, essa é a primeira redução registrada nessa modalidade de crime, no período de dez anos, na Paraíba.