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VIDA URBANA

Famílias disputam área de extração de minério

Presença de minérios na região, acirra disputa de terras entre famílias e empresa de cerâmica, em Alhandra.

Publicado em 28/02/2012 às 6:30


O conflito de interesses entre famílias assentadas na cidade de Alhandra, Litoral do Estado, e uma empresa produtora de cerâmica deve parar na Justiça devido à presença de minérios na região. Com uma área total estimada de dez mil hectares, os moradores das comunidades João Gomes, Mata da Chica, Mucatu e redondezas estiveram na manhã de ontem na sede do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), em Campina Grande, protestando contra a instalação da empresa Elizabeth que tem planos de extrair calcário em uma determinada área do local.

Estiveram com o superintendente do DNPM, Guilherme Silveira, moradores, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e índios que também têm áreas demarcadas na localidade e querem garantias de que não terão perdas caso a extração mineral seja iniciada.

Segundo eles, a desapropriação da área, que aconteceu em 1975, não pode deixar de ser respeitada, uma vez que não há o interesse dos que participaram do encontro ontem em negociar os lotes onde há vários anos os assentados produzem inhame, macaxeira, saputi, banana, mamão e coco que, além de serem comercializados para toda a Paraíba, ainda vendem para Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará.

“Eles estão pensando que nós estamos à venda, mas nós não estamos. Podem oferecer um, dois ou até milhões que eu mesmo não vendo minhas terras. É de lá que nós tiramos o nosso sustento, e não vai ser o interesse de uma empresa que irá acabar com o sonho da gente, que é continuar vivendo lá”, disse Maria do Socorro, uma das assentadas que participou da audiência com o superintendente do DNPM.

Por outro lado, a direção da empresa afirmou que não irá retirar ninguém das suas terras e que tem documentos oficiais comprovando que a área adquirida, cerca de 200 hectares, foi comprada respeitando a lei.

“A empresa é dona legítima da terra. Nós só compramos apenas dois lotes de pessoas que eram assentadas, o restante foi de donos anteriores que já chegaram a sete proprietários anteriores. Vamos começar a extração de calcário no local e construir também uma fábrica. Esse projeto só está parado porque atendemos um pedido da ouvidoria agrária para esperarmos que esse problema seja resolvido”, disse George Crispim, diretor da Elizabeth, que garantiu que a área pertencente à empresa não está ocupada pelos moradores. “Queremos uma política de boa vizinhança, e não problemas”, acrescentou.

Para o superintendente do DNPM, Guilherme Silveira, a partir desse encontro ele irá realizar um levantamento de toda a documentação e marcar nova reunião. “Os trabalhadores que estão se sentindo lesados ainda irão protocolar uma denúncia contra a empresa, vamos vistoriar todas as partes desse processo”, disse Silveira.

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Jornal da Paraíba

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