VIDA URBANA
Fiéis louvam Nossa Senhora das Neves
Mau tempo não conseguiu impedir a realização da procissão de Nossa Senhora das Neves.
Publicado em 06/08/2013 às 6:57 | Atualizado em 14/04/2023 às 15:20
O mau tempo não conseguiu impedir a realização da tradicional procissão em homenagem a Nossa Senhora das Neves, a padroeira da Paraíba e de João Pessoa. Mesmo sob chuva, cerca de quatro mil fiéis, segundo estimativa da Polícia Militar, participaram ontem do cortejo, que percorreu as principais vias do Centro da cidade, levando a imagem da santa.
Com terços e rosas nas mãos, durante pouco mais de um hora de caminhada e usando guarda-chuvas para se proteger, os devotos cantaram e fizeram orações. Eles começaram a se reunir por volta das 15h, na Basílica de Nossa Senhora da Neves, onde houve a Recitação do Terço. Segundo o pároco da Igreja, Rui Braga, nessa cerimônia, os devotos podem fazer pedidos e agradecer à santa pelas graças atendidas.
Diante do altar, a dona de casa Alexandrina Soares, 59 anos, fazia orações pela saúde do marido. “Ele está com problemas nas cordas vocais. Sou devota de Nossa Senhora das Neves e ela nunca me desamparou. Tenho certeza que serei atendida de novo e, no próximo ano, voltarei aqui para agradecer”, disse.
A aposentada Maria Betânia Meireles, 72 anos, também estava buscando uma cura. “Eu estou sofrendo com uma infecção no pulmão. Estou cansada, mas vou participar da procissão mesmo assim, porque tenho certeza que vou sair daqui com minha saúde estabelecida”, afirmou.
Às 16h, os quase mil católicos que estavam na Basílica se juntaram a outras pessoas que aguardavam do lado de fora e começaram o cortejo. Eles seguiram pela avenida General Osório, passaram pela praça João Pessoa e retornaram para a igreja pela rua Visconde de Pelotas.
A Banda Marcial da Polícia Militar, equipes da Guarda Municipal, da Superintendência de Mobilidade Urbana e 12 policiais do 1º Batalhão de Polícia Militar acompanharam a procissão. A imagem foi levada sobre uma caminhonete e escoltada por voluntários do Exército de Deus, um grupo ligado à Arquidiocese da Paraíba.
Durante a procissão, o arcebispo da Paraíba, dom Aldo Pagotto, destacou a importância da oração na superação dos problemas. Ele lembrou que, entre os meses de junho e julho deste ano, o Brasil foi tomado por uma onda de protestos populares que ocorreram em diversas cidades do país.
Fazendo uma comparação com os movimentos, o religioso disse que os cristãos também precisam fazer reivindicações na esfera espiritual. “Da mesma maneira como milhares de pessoas ocuparam as ruas para protestar, estamos nessa procissão buscando o amparo de Nossa Senhora da Neves, para enfrentar as nossas dificuldades e transformar os obstáculos da nossa vida em oportunidades. Precisamos receber a coragem para enfrentar e vencer nossas lutas”, declarou.
A procissão ainda passou pela praça Dom Adauto, onde foram montadas as barracas e as estruturas de lazer da Festa das Neves. O cortejo terminou em frente à Basílica de Nossa Senhora das Neves, onde ocorreu uma missa, encerrando a programação em alusão à padroeira da Paraíba e da capital.
Durante a manhã, celebração eucarística
Atenção às famílias e desenvolvimento de João Pessoa e da Paraíba. Estas foram as principais mensagens do arcebispo da Paraíba, dom Aldo Pagotto, aos fiéis durante a celebração eucarística realizada na manhã de ontem em homenagem aos 428 anos da cidade de João Pessoa. A data, segundo ele, une civismo e religiosidade. O encontro lotou a Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, na capital.
Dom Aldo afirmou que tanto a cidade como a Paraíba nascem com potencial produtivo. “Temos tudo para crescer”, frisou.
O arcebispo disse que a pequena gigante Paraíba nasce sob a bênção de Nossa Senhora das Neves e que os fiéis têm que estar irmanados no dever de contribuir para o crescimento local, sob as bênçãos da Virgem Maria. “Ela que é discreta, até anônima, mas operante”.
Dom Aldo lembrou que estamos na Semana da Família e evocou os religiosos a olharem para esta instituição. “Vamos olhar para a recuperação deste núcleo familiar, que está disperso e fragmentado. É a família que nos dá o sentimento de pertença e a partir dela podemos abraçar o desenvolvimento”, frisou.
A celebração lotou a catedral Basília de Nossa Senhora das Neves. Para o aposentado Amaro Cosme, 74 anos, a celebração é muito importante para os católicos. “Há cerca de 25 anos venho a esta celebração, porque é em homenagem à nossa padroeira, que é também nossa Mãe, Virgem Maria”, afirmou. (Alexsandra Tavares)
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