VIDA URBANA
Flanelinha que atropelou e matou idoso em João Pessoa volta a ser preso
Antônio Avelino foi detido em flagrante após esfaquear a companheira na cidade de Santa Rita
Publicado em 12/05/2017 às 7:51
O flanelinha que atropelou e matou um idoso no final de janeiro, no Centro de João Pessoa, voltou a ser preso nesta quinta-feira (11). Antônio Avelino dos Santos Filho agora é suspeito de esfaquear a companheira durante uma discussão. O crime aconteceu no bairro de Marcos Moura, na cidade de Santa Rita.
A Polícia Militar disse que quando chegou na residência do casal encontrou a mulher ensanguentada e que Antônio aparentava ter ingerido bebida alcoólica. Antes de ser preso em flagrante, o flanelinha ainda tentou agredir os policiais.
Ferida com uma facada no abdômen, a companheira de Antônio, que tem 39 anos, foi socorrida pela polícia, levada para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santa Rita e em seguida transferida para o Hospital de Trauma de João Pessoa. De acordo com boletim divulgado pela unidade, na manhã desta sexta-feira (12), ela passou por procedimentos de emergência e já recebeu alta.
Antônio Avelino foi levado para a Delegacia da Mulher, na Central de Polícia de João Pessoa, no bairro do Geisel.
Atropelamento e morte
O caso do atropelamento do idoso aconteceu em 31 de janeiro, na Praça Pedro Américo. Antônio trabalhava no local lavando e vigiando veículos. No dia do ocorrido, ele tentou manobrar um dos carros deixados sob o seu cuidado e perdeu o controle da direção.
O idoso de 74 anos foi atingido no cruzamento entre a avenida B. Rohan com a rua Guedes Pereira e ficou embaixo do veículo; uma das pernas da vítima foi esmagada pelo carro. O homem não resistiu aos ferimentos e faleceu no dia seguinte no Hospital de Trauma de João Pessoa.
Ele foi preso em flagrante e ficou no Presídio do Roger até o começo de março, quando o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) concedeu habeas corpus em seu favor. A decisão foi tomada pelo desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos, atendendo pedido formulado pelo advogado de defesa.
Foi o segundo habeas corpus protocolado pela defesa na Câmara Criminal. O primeiro nem chegou a ser julgado pelo mesmo desembargador, que decidiu não conhecer do recurso em decorrência de falhas na sua fundamentação. O magistrado entendeu que não foram protocolados todos os documentos necessários para que se procedesse a análise do caso. O flanelinha estava no Presídio do Róger, em João Pessoa, em prisão preventiva por tempo indeterminado.
Na decisão, o desembargador ressaltou que o flanelinha aceitou ser submetido ao exame do etilômetro e não fugiu do local do crime, não representando, por isso, perigo para a ordem pública.
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