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VIDA URBANA

Fluoretação não é prioridade

Professor diz que processo causaria impacto considerável na saúde bucal dos paraibanos. Cagepa e SES têm projeto em andamento.

Publicado em 15/04/2015 às 6:00 | Atualizado em 15/02/2024 às 12:29

Quanto ao quesito fluoretação da água, o professor ainda comparou os índices de João Pessoa com Aracaju, dois Estados que iniciaram o processo de fluoretação da água juntos, contudo na capital da Paraíba ele não teve continuidade. “Aracaju deu início à fluoretação da água em 1980, junto com João Pessoa, contudo lá isso continuou e aqui, parou. O CPO de Aracaju é 1,2 enquanto o de João Pessoa é 2,8”, revelou. “Na Paraíba só temos fluoretação da água em Alagoinha e Baía da Traição, porque são abastecidas pela Funasa. A Cagepa não tem isso como prioridade. Tínhamos projetos e, inclusive, verbas, mas não deram prioridade à implementação”, acrescentou.

De acordo com o professor Fábio Sampaio, a fluoretação da água causaria um impacto considerável na saúde bucal dos paraibanos. Ele explicou que as cidades que possuem água fluoretada possuem, pelo menos, 45% menos cáries do que aquelas que não têm.

PROJETO
Para tentar mudar essa realidade e ocasionar um impacto na saúde bucal dos paraibanos, professores do curso de Odontologia da UFPB irão monitorar, até o ano de 2020, 47 cidades do Estado. A ação fará parte do projeto: 'Efetividade das ações de promoção à saúde bucal em populares de alto risco social', que surgiu após questionamentos do MS que observou que a cárie na Paraíba estaria atrelada às áreas de risco social. Serão alvos da ação pessoas nas faixas etárias dos 5, 12, 15-19, adultos e idosos residentes nas cidades escolhidas.

Cada município recebera de dois a quatro dentistas
Fábio Sampaio explicou que os municípios foram escolhidos por terem os menores IDHs do Estado. “Estamos, atualmente, na fase de capacitação desses profissionais. Serão 120 dentistas. A UFPB será a instituição executora desse projeto que, ao seu final, pretende ter impactado positivamente na saúde bucal dessas pessoas, contribuindo para a diminuição desse índice no Estado”, completou.

O primeiro passo do projeto será a capacitação dos profissionais, que teve início na última segunda-feira e deverá continuar durante toda a semana. A perspectiva é de que, após as capacitações, haja a liberação de verbas para o envio dos profissionais aos municípios e início do acompanhamento in loco.

O QUE DIZ A CAGEPA
A Cagepa informou, por meio de nota, que existe um projeto em andamento da Secretaria de Estado de Saúde (SES) com o Ministério da Saúde para fluoretação da água em João Pessoa e Campina Grande, onde a Cagepa se comprometeu a construir as bases (tanques) para o processo. A Cagepa é a parte executora e aguarda prosseguimento do projeto da SES. Não foi informado, contudo, quando esse projeto deverá ser implementado.

CONHEÇA OS MUNICÍPIOS QUE ESTÃO SENDO MONITORADOS PELA PESQUISA

ALGODÃO DE JANDAÍRA
ALHANDRA
APARECIDA
ARARA
AREIAL
ASSUNÇÃO
BARRA DE SÃO MIGUEL
BREJO DOS SANTOS
CACIMBAS
CASSERENGUE
CONDE
CONGO
CUITÉ
CURRAL DE CIMA
CURRAL VELHO
DAMIÃO
GADO BRAVO
IMACULADA
INGÁ
ITAPOROROCA
JACARAÚ
JOCA CLAUDINO
JUNCO DO SERIDÓ
JURIPIRANGA
LASTRO
MÃE D’ÁGUA
MANAÍRA
MASSARANDUBA
MOGEIRO
MONTADAS
PEDRAS DE FOGO
PITIMBU
POCINHOS
POÇO DANTAS
QUEIMADAS
SANTA CECÍLIA
SANTANA DE MANGUEIRA
SANTO ANDRÉ
SÃO BENTO
SÃO JOSÉ DA LAGOA TAPADA
SÃO SEBASTIÃO DE LAGOA DE ROÇA
SÃO SEBASTIÃO DO UMBUZEIRO
SAPÉ
SERRA BRANCA
SOLÂNEA
SOLEDADE
TEIXEIRA

O Ministério da Saúde não especificou o CPO de cada município, pois os dados oficiais do ministério são agrupados para a região nordeste. O projeto também pretende verificar essa questão mais específica.

Fonte: Ministério da Saúde

Imagem

Jornal da Paraíba

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