VIDA URBANA
Funai agenda negociações e índios liberam quatro dos sete reféns
Funcionários da Funai foram feitos reféns na quarta-feira. Índios reinvidicam melhorias para as aldeias e presença de representantes nacionais do órgão é exigida.
Publicado em 15/09/2010 às 18:00
Natália Xavier
Quatro dos sete funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai) que estavam sendo mantidos reféns na Aldeia de São Francisco, no município de Baía da Traição localizado no Litoral Norte da Paraíba, foram liberados nesta quarta-feira (15). A liberação aconteceu depois que a presidência da Funai agendou uma reunião de negociações sobre as reinvidicações dos caciques.
De acordo com o capitão Potiguara, José Ciríaco, está marcada para esta quinta-feira (16), às10h, uma reunião de negociações sobre as reivindicações dos indígenas. “O presidente da Funai está mandando uma comissão de Brasília para que a gente possa negociar”, comentou.
Os funcionários da Funai foram feitos reféns qaundo chegaram à Paraíba para a realização de um estudo etnoambiental. Eles foram levados para a aldeia e a previsão inicial era que só seriam liberados depois que algumas melhorias para as aldeias fossem garantidas.
Entre as exigências estão da criação da Unidade Gestora dos recursos destinados à agricultura e fiscalização nas terras de aldeias. Além disto, os indígenas também reclamam da falta de manutenção nos equipamentos da comunidade e da pequena quantidade de sementes fornecida às aldeias.
Conforme José Ciríaco, os funcionários já estão na pousada onde ficariam hospedados quando chegaram à Paraíba na terça-feira (14). “Eles já estão na pousada e amanhã (quinta-feira) eles vão a campo com os caciques para a realização do diagnóstico ambiental”, afirmou Ciríaco.
Todos os funcionários liberados exercem a função de técnicos da Funai, sendo três mulheres e um homem. Ainda estão na aldeia duas mulheres e um homem.
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