VIDA URBANA
Governador receberá manifestantes do MST
Após seis horas de invasão, os trabalhadores sem terra e representantes do governo entraram em acordo e os funcionários foram liberados.
Publicado em 22/10/2013 às 6:00 | Atualizado em 18/04/2023 às 17:19
As negociações com representantes do MST começaram ainda durante a manhã, quando o secretário executivo da Casa Civil, Walter Aguiar, o secretário estadual de Saúde, Waldson de Sousa, e a secretária de estado de Desenvolvimento Social, Aparecida Ramos, estiveram no local para discutir com os manifestantes a liberação dos servidores e demandas do governo do Estado. No entanto, foram impedidos de entrar no prédio.
Após seis horas de invasão, os trabalhadores sem terra e representantes do governo entraram em acordo e os funcionários foram liberados. Por volta das 16h, através de uma nova tentativa de negociação ficou agendado uma reunião com o governador Ricardo Coutinho, na próxima quinta-feira, às 15h, no Palácio da Redenção, em João Pessoa.
Segundo a secretária de Desenvolvimento Humano, Aparecida Ramos, apesar do diálogo ter sido difícil, os integrantes do MST aceitaram desocupar o Centro Administrativo no período da tarde. Hoje deverá ser realizado o levantamento sobre os danos causados ao patrimônio público, contudo o expediente será normal
O secretário executivo da Casa Civil explicou que o governador tentou dialogar com os representantes do MST na última quinta-feira, mas a reunião não aconteceu. “Uma comissão de seis pessoas do movimento chegaram a ir no Palácio da Redenção, mas não quiseram ser recebidos pelo governador e hoje (ontem) fomos surpreendidos com essa ocupação”, disse. Walter Aguiar informou ainda que o governador autorizou os secretários de Saúde, Educação e Desenvolvimento Humano a negociar com os manifestantes. “O governo sempre esteve aberto para o diálogo, mas é preciso preservar o patrimônio e a segurança das pessoas”, salientou.
Um dos líderes da mobilização do MST, Paulo Sérgio Alves, disse que os trabalhadores pedem a desapropriação de terras por meio de um convênio que teria sido um compromisso do governador Ricardo Coutinho com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.
Os trabalhadores rurais pedem ainda o direcionamento de 600 hectares de terra desapropriadas de engenho na divisa entre Pernambuco e Paraíba, construção de seis escolas de campo no Estado, além de melhorias na infraestrutura dos assentamentos.
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