VIDA URBANA
Greve dos professores do Estado deixa 400 mil alunos sem aulas
Paralisação unânime e por tempo indeterminado começa nesta segunda-feira (2) em toda a Paraíba. Sindicato espera que Governo abra negociação ainda nesta semana.
Publicado em 02/05/2011 às 7:18
Karoline Zilah
Cerca de 400 mil alunos da rede estadual de ensino ficam sem aulas a partir desta segunda-feira (2) em toda a Paraíba devido à greve dos professores, por tempo indeterminado. A paralisação foi anunciada na última sexta-feira (29), após assembleias regionais que decidiram pelo movimento por unanimidade.
Os representantes do Sindicato de Trabalhadores Educação da Paraíba (Sintep) esperam que o Governo do Estado convoque a categoria para uma negociação ainda nesta semana. A orientação é para que as aulas sejam repostas após a paralisação.
O Governo já ofereceu um auxílio-transporte de R$ 60 para funcionários de apoio de João Pessoa e Campina Grande e uma bolsa-desempenho de R$ 230 para os profissionais ainda atuantes, mas as propostas ainda não foram aceitas.
O Sintep reivindica os seguintes benefícios: pagamento do piso salarial nacional; um reajuste de 13,73%; o pagamento das gratificações dos servidores que não receberam no mês de janeiro; a nomeação de professores concursados e a realização de novos concursos pelo fim dos contratos temporários; implantação de Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) para os funcionários de apoio; eleições diretas em todas as escolas; jornada de trabalho em turno corrido, em vez de dois turnos.
Além da greve nas escolas do Estado, os funcionários do setor técnico-administrativo da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) começaram uma greve na última quarta-feira (28). Já os professores continuam ministrando aulas até a próxima quinta-feira (5), quando será votado um indicativo de greve.
De acordo com José Sérgio, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior do Estado da Paraíba (Sintespb), a categoria reivindica o respeito à lei de autonomia financeira da UEPB. Segundo ele, desde janeiro já negociações para regularizar os repasses de verba do governo estadual, mas ainda não há nada resolvido.
Comentários