VIDA URBANA
IBGE: 72,4% dos paraibanos avaliam própria saúde como muito boa
Pesquisa revelou ainda que 23,37% dos paraibanos consideram a própria saúde como regular e apenas 4,1% consideram seu estado de saúde ruim ou muito ruim.
Publicado em 01/04/2010 às 8:15
Natália Xavier
Do Jornal da Paraíba
O suplemento de Saúde da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2008 (Pnad), divulgado na quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que 72,4% da população paraibana avalia a própria saúde como muito boa ou boa, 23,37% dos paraibanos consideram a própria saúde como regular e apenas 4,1% dos entrevistados consideram seu estado de saúde ruim ou muito ruim.
O índice de satisfação dos paraibanos ficou ainda um pouco abaixo do registrado nacionalmente: 77,27% dos brasileiros consideram sua saúde muito boa ou boa, 18,92% consideram regular e 3,8% consideram ruim ou muito ruim.
O levantamento do IBGE mostra ainda que apenas 12,3% da população paraibana possui algum tipo de cobertura através de planos de saúde e os outros 87,7% dos paraibanos precisam recorrer ao serviço de saúde pública ou arcar com os gastos de atendimento médico cada vez que precisar de atendimento. Segundo a pesquisa, 25,89% dos brasileiros possuem algum tipo de plano de saúde.
De acordo com o suplemento de Saúde da Pnad 2008, a Paraíba é um dos Estados brasileiros com maior percentual de domicílios cadastrados no Programa de Saúde da Família. O levantamento revelou que 86,4% dos domicílios paraibanos estão cadastrados no projeto de Atenção Básica à Saúde. O percentual registrado na Paraíba é menor somente que o do Tocantins, onde 94% dos domicílios estão cadastrados. No Brasil, o índice registrado foi de 47,7%.
O Programa de Saúde da Família consiste no acompanhamento de famílias a partir de ações de promoção, prevenção, recuperação, reabilitação e manutenção da saúde. O acompanhamento é realizado por equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde.
Apenas três unidades da Federação tinham, em 2008, menos de um terço de sua população cadastrada no Programa de Saúde da Família. São eles: Amapá, com 20,2% da população cadastrada, Rio de Janeiro (17,4%) e Distrito Federal (11,2%).
Retirada de Útero
Cirurgia de retirada do útero
A pesquisa divulgada ontem pelo IBGE revelou ainda que 7,5% das mulheres paraibanas com 25 anos ou mais já realizaram cirurgia para a retirada do útero. Para médicos da área de ginecologia, o dado é considerado preocupante tendo em vista que a retirada do órgão pode acarretar diversos problemas de saúde à mulher.
De acordo com a pesquisa do IBGE, o índice de cirurgias de retirada do útero é superior ao percentual nacional e ao registrado no Nordeste, ambos são de 7,4%. O maior índice do país foi registrado no Mato Grosso do Sul, onde 10% das mulheres com 25 anos ou mais já realizaram a cirurgia, e o menor percentual foi no Amapá, onde apenas 2,2% das mulheres realizaram o procedimento.
Segundo a ginecologista Wanicleide Leite, a retirada do útero geralmente acontece quando a mulher tem sangramento constante e anormal, mioma ou câncer do colo do útero.
Em alguns casos, a cirurgia pode ser adiada e o problema de sangramentos pode ser controlado a partir de tratamento hormonal, mas em muitos casos as mulheres preferem não se submeter ao tratamento e realizar a cirurgia para a retirada do órgão. “Depende de cada caso, mas muitas vezes, por mais que se faça o tratamento hormonal chega um ponto que a cirurgia precisa ser feita”, afirmou. A própria médica precisou passar por um processo de retirada do útero, sete anos depois de começar a se submeter a tratamento hormonal para o controle de sangramentos.
Para Wanicleide, o surgimento das doenças que motivam a cirurgia de retirada do útero pode estar relacionado a diversos fatores, entre eles estão, o descontrole hormonal, histórico familiar das doenças e o estilo de vida que as mulheres têm levado atualmente. “O estilo de vida da mulher atualmente é muito corrido. A mulher tem uma carga muito grande de trabalho e passa por muito estresse. Isso também influencia”, comentou a médica.
A ginecologista frisou que a retirada do útero, entre outros problemas pode causar a menopausa precoce e trazer prejuízos como a osteoporose.
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