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VIDA URBANA

Inca estima que a Paraíba vai registrar 11 mil novos casos de câncer em 2020

Câncer de próstata e o de mama são os mais comuns do país.

Publicado em 09/02/2020 às 13:30 | Atualizado em 07/05/2024 às 23:28


                                        
                                            Inca estima que a Paraíba vai registrar 11 mil novos casos de câncer em 2020
RizembergFelipe*

				
					Inca estima que a Paraíba vai registrar 11 mil novos casos de câncer em 2020
RizembergFelipe*

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que, durante o ano de 2020, a Paraíba vai registrar cerca de 11 mil novos casos de câncer. O levantamento foi divulgado para marcar o Dia Mundial de Combate ao Câncer, que aconteceu em 4 de fevereiro. E revela também que, só em João Pessoa, aproximadamente três mil novos casos da doença vão ser descobertos até dezembro deste ano, sendo aproximadamente 1,4 mil em homens e 1,6 mil em mulheres.

A estimativa do Inca é válida até o final deste triênio, ou seja, até o fim de 2022, o que significa dizer que deverão ser registrados uma média de 11 mil novos casos em cada um desses anos.

Conforme os dados, o tipo de câncer com maior incidência na Paraíba é o câncer de pele não melanoma, que deve ser diagnosticado em 3,4 mil pessoas no estado até dezembro deste ano.

Especificamente em homens, o câncer com maior percentual de diagnósticos é o de próstata, com mais de 1,7 mil novos casos; já em mulheres, a estimativa é que o de câncer de mama lidere as estatísticas, com mais de mil novos casos.

Uma luta, aliás, que a contadora Edjane Batista, de 50 anos, enfrentou e venceu. Ela contou ao JORNAL DA PARAÍBA como seguiu sua vida, apesar do câncer, e como descobriu que a doença não significa o fim de tudo.

Edjane foi diagnosticada com câncer de mama há exatos cinco anos, em fevereiro de 2014. Ela desconfiou da existência da doença ao realizar um autoexame, e após exames laboratoriais passou a viver um capítulo responsável por mudar sua história de vida. O início desse novo capítulo, como conta Edjane, não foi fácil, mas precisaria ser vivido para que a batalha contra o câncer fosse vencida.

"Ser diagnosticada com câncer, para mim, era a mesma coisa que receber uma sentença de morte. Então no momento em que recebi os exames, questionei o porque daquela situação. Depois de um tempo, pedi que Deus me iluminasse e me desse a cura, mas sabia que a cura só seria conseguida com muito esforço e dedicação.", explica Edjane.


				
					Inca estima que a Paraíba vai registrar 11 mil novos casos de câncer em 2020
Foto: Arquivo Pessoal. Foto: Arquivo Pessoal

Passado o primeiro impacto, a equipe médica do Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), em Campina Grande, onde Edjane realizou todo o tratamento, prescreveu a realização de 12 sessões de quimioterapia. Depois, a contadora passou pela cirurgia de mastectomia, quando retirou toda a mama, e finalizou o tratamento com mais sete sessões de quimioterapia, somando 19 ao total. Apesar dos abalos físicos e emocionais, e dos difíceis "ressignificados" que ela precisou dar à vida durante o tratamento, a família, os amigos, e os profissionais de saúde da FAP conseguiram fortalecer Edjane até o fim do combate à doença.

"Sou eternamente grata à minha família, aos meus amigos, e a todos os profissionais do Hospital da FAP. Eles me ajudaram a manter a fé em Deus e a perseverar na minha cura, e hoje sou testemunha viva do amor de Deus por mim e por eles", comenta Edjane.

Após conseguir a tão sonhada cura, Edjane passou a fazer parte do time de voluntários do Grupo de Apoio Oncológico ao Paciente (GAP), que atua oferecendo apoio psicológico aos pacientes oncológicos do Hospital da FAP, em Campina Grande. Para ela, o envolvimento nas atividades do hospital onde se tratou da doença é uma forma de retribuir todo o carinho que recebeu durante o tratamento, e, assim, dar ainda mais sentido à vida.

"Vou nas alas da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) visitar os paciente e contar a eles meu testemunho de vida. Digo que o segredo é ter paciência, resiliência e perseverança. Descobri que o câncer não é uma sentença de morte, mas sim um começo de vida. Minha cura veio para que hoje eu pudesse dizer a outras pessoas que é possível vencer o câncer", finaliza.

A doença no Brasil

Em nível nacional, o Inca estima que sejam diagnosticados cerca de 626 mil novos casos de câncer em cada ano deste triênio (2020 - 2022). E, tal como acontece na Paraíba, o câncer de próstata deve ser aquele que mais vai afetar os brasileiros do sexo masculino, com aproximadamente 65 mil novos casos em todo o país. Com as mulheres, a realidade paraibana também se repetirá no resto do país, com a estimativa de 66 mil novos casos de câncer de mama em todo o território brasileiro em 2020.

A leucemia é o tipo de câncer que menos deve afetar os homens (2,6% dos diagnosticados) e o câncer no sistema nervoso frontal é o que menos deve afear as brasileiras (2,3% das diagnosticadas), conforme a tabela a seguir.


				
					Inca estima que a Paraíba vai registrar 11 mil novos casos de câncer em 2020
Imagem: Reprodução Inca. Imagem: Reprodução INCA

O câncer

De acordo com o Instituto, "câncer" é o nome dado a cerca de cem doenças que possuem em comum o crescimento desordenado de células, responsáveis por invadir tecidos e órgãos. Essas células se dividem rapidamente, provocando a formação de tumores que podem se espalhar para outras regiões do corpo.

As variações do câncer acontecem de acordo com os diversos tipos de células presentes no corpo humano. As denominações variam, também, de acordo com o local onde surgem as anomalias nas células, como os presentes em tecidos epiteliais, que são denominados carcinomas, e os nos ossos, músculos ou cartilagem, chamados de sarcomas.

Como prevenir

O Inca considera várias ações rotineiras como potenciais combatentes ao câncer. Na prevenção primária, que engloba atividades de autoconhecimento, como o autoexame da mama em mulheres, o objetivo é impedir que a doença se desenvolva; enquanto na prevenção secundária, médicos atuam na detecção e no possível tratamento de doenças pré-malignas, como cânceres assintomáticos em estágio iniciais. Os seguintes hábitos são considerados diretamente ligados à prevenção da doença:

• Não fumar;

• Ter uma alimentação saudável;

• Manter o peso adequado;

• Praticar atividades físicas;

• Amamentar;

• Evitar ingestão de bebidas alcoólicas;

• Evitar comer carne processada;

• Evitar exposição ao sol das 10h às 16h;

• Evitar exposição a agente cancerígenos (produtos químicos).

Como e onde se tratar

Ainda de acordo com o Inca, o câncer pode ser tratado através de cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou transplante de medula óssea. Esta última opção é considerada no tratamento de pessoas que possuem algum tipo de câncer que afeta as células do sangue, como a leucemia, por exemplo. Na maioria dos casos, só é possível utilizar o tratamento com medula óssea através da doação de pessoas saudáveis, com idades entre 18 e 55 anos, que possuam cadastro no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). O Sistema Único de Saúde (SUS) dispõe de hospitais especializados em todos estes tipo de tratamento, no Brasil inteiro.

Na Paraíba, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, existem quatro hospitais especializados no tratamento de câncer: o Hospital Napoleão Laureano e o Hospital São Vicente de Paula (Unacon), em João Pessoa; a Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), em Campina Grande; e o Hospital do Bem, em Patos, no Sertão paraibano. Nos últimos meses, a crise financeira no Hospital Napoleão Laureano impediu a marcação de exames e a realização de consultas de milhares de pacientes oncológicos vindos das mais diversas regiões do estado. O deficit na instituição soma cerca de R$ 15 milhões mensais, conforme Antônio Carneiro Arnaud, diretor da unidade.

Já em Campina Grande, no hospital da FAP, a dívida em empréstimos bancários, orçada em R$ 20 milhões, veio à tona após debates políticos. De acordo com o diretor financeiro da instituição, Maurício Farias, o déficit registrado na FAP é resultado de gastos das mais diferentes áreas de funcionamento frequente, como o pagamento dos médicos, energia, água, telefone, tributos, prestações de empréstimos e materiais hospitalares, como gases e materiais médicos.

Em meio às crises financeiras dos hospitais públicos, uma onda de solidariedade tem dado esperança aos pacientes oncológicos da Paraíba. Leilões, convênios e doações de mantimentos ajudaram diretamente na manutenção desses locais que, mesmo passando por momentos difíceis, continuam dando aos paraibanos a oportunidade de lutar contra a doença.

Sob supervisão de Jhonathan Oliveira*

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