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VIDA URBANA

Indígenas mantêm dois reféns em Marcação

Polícia Federal está no local para garantir segurança dos reféns.

Publicado em 10/07/2012 às 8:35


Desde as 8h de ontem, índios potiguaras da aldeia Ibiquara mantêm duas pessoas reféns na Escola Municipal Iracema Soares, localizada no município de Marcação, Litoral Norte paraibano. A chefe interina do Distrito Sanitário Especial Indígena Potiguara (Dsei), Roberta Amaral, e o advogado e supervisor de uma entidade filantrópica conveniada ao Ministério da Saúde, Jean Formiga, ficaram em poder dos potiguaras após tentar a reabertura de um posto de saúde local - que teria sido fechado pelos indígenas.

Até o fechamento desta edição, a Polícia Federal – presente no local para garantir a integridade dos reféns - informou que o impasse continuava e não havia previsão de acordo. Conforme o cacique-geral potiguara, Sandro Gomes, as reivindicações são por melhorias na saúde.

“O salário dos funcionários que fazem a limpeza dos postos de saúde (todos indígenas) está atrasado há sete meses e na farmácia faltam medicamentos. Hoje o indígena só pode adoecer de segunda a sexta, período em que o atendimento está disponível”, afirmou o cacique.

Sandro disse, ainda, que os profissionais de saúde também não estão visitando as aldeias, alegando falta de transporte, “no entanto, na sede do Dsei há quatro carros parados”. Os indígenas pedem também a exoneração imediata de Roberta Amaral, alegando que ela não estaria fazendo uma boa gestão, e a nomeação de um outro funcionário da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) - pertencente ao Ministério da Saúde (MS), identificado como José Antônio.

Ainda ontem, os potiguaras encaminharam um documento reivindicatório para o MS e afirmaram que apenas com as queixas atendidas os reféns seriam liberados. Apesar do clima ser tenso, os reféns confirmaram que estavam sendo alimentados e que não haviam sofrido ameaças diretas - mas tiveram os celulares recolhidos.

Em nota, o MS afirmou na noite de ontem que a pauta dos indígenas estava sob análise. No entanto, frisou que a nomeação ou indicação de pessoas para ocupação de cargos é uma atribuição exclusiva do governo federal (prevista em Lei).

Ainda conforme o MS, em maio uma equipe da Sesai esteve na Paraíba e realizou um amplo levantamento da assistência aos índios, constatando possíveis irregularidades na gestão dos recursos. Foi aberta uma sindicância para investigar o caso e o então chefe do Dsei, Robson Soares, foi exonerado. O relatório feito pela equipe do Sesai foi enviado ao Ministério Público Federal da Paraíba e demais órgãos de auditoria, e está sob análise.

Roberta Amaral, segundo a nota, ocupava o cargo há pouco mais de um mês e estava reorganizando todo o trabalho de gestão e atenção aos indígenas. O Dsei Potiguara atende uma população de 14.831 índios - dos municípios de Baía da Traição, Marcação e Rio Tinto.

Imagem

Jornal da Paraíba

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