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VIDA URBANA

Isea faz parto dentro da água

Projeto de parto humanizado, que funciona a 4 anos, já atendeu 241 mulheres na Paraíba; obstetra destaca as vantagens do método.

Publicado em 04/09/2012 às 6:00


O parto humanizado está sendo bastante divulgado em todo o Brasil e pela primeira vez em Campina Grande aconteceu dentro da água, no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), onde existe um projeto que já atendeu 241 mulheres. A criança, um menino que nasceu no último domingo com 2,350 quilos, é saudável. De acordo com a obstetra Melânia Amorim, essa é apenas uma das vantagens desse procedimento, que envolve um universo de sentimentos entre mãe e filho.

O primeiro bebê a nascer na água em Campina é do município de Esperança, no Brejo paraibano. A mãe, a agente de saúde Diane Kelly Ferreira, 28 anos, contou que a experiência foi única.

“Eu já tinha muito ouvido falar sobre o parto humanizado, mas não imaginava que eu teria essa experiência. É o meu primeiro filho e eu fiquei muito emocionada. Eu aconselho que as mulheres façam o parto humanizado porque é bom para a mãe e o bebê”, contou.

O parto de Diane foi realizado com sua imersão em uma banheira com água morna, o que relaxa a mãe e diminui as dores abdominais. Segundo a obstetra Melânia Amorim, o parto durou quatro horas e o bebê e a mãe passam bem. Ela informou que o projeto funciona há 4 anos e este último nascimento, de forma humanizada, foi o número 241.

“O parto humanizado não é uma técnica, mas sim uma filosofia. Os bebês que nascem dessa forma são mais saudáveis, mais aconchegados e o vínculo entre a mãe e ele se estabelece mais precocemente”, informou.

O parto humanizado foge dos padrões tradicionais e as gestantes devem seguir as determinações da Organização Mundial de Saúde (OMS). No caso da humanização, o ideal em primeiro lugar é que a mulher tenha privacidade e que seja acompanhada por alguém muito próximo, durante os momentos que antecedem o acontecimento, que pode durar até doze horas.

No parto humanizado, os métodos utilizados para inibir a dor são simples, como um banho de imersão em água morna, uso de massagem, e o uso da bola suíça, entre outros métodos.

Conforme a obstetra, quando a gestante é colocada deitada, a posição além de desconfortável, pode provocar muitas dores. “O parto na posição vertical é o mais orientado, justamente por causa da gravidade”, frisou Melânia. Segundo ela, no parto normal é muito comum que a mulher receba drogas mais fortes e que seja vítima de intervenções pesadas, como a de empurrar a barriga para o bebê nascer.

Imagem

Jornal da Paraíba

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