VIDA URBANA
João Pessoa vive 'tendência descendente' da Covid-19, diz Felipe Proenço
O termo quer dizer que o número de casos e outros pontos estão em queda, o que favorece a flexibilização.
Publicado em 11/07/2020 às 7:40 | Atualizado em 11/07/2020 às 15:21
A cada avanço dos planos de flexibilização editados pelas prefeituras e governos estaduais, visando o restabelecimento de atividades durante a pandemia do novo coronavírus, um questionamento é feito: o que é levado em consideração para que comércio e serviços voltem a funcionar? Em João Pessoa, o médico Felipe Proenço explicou que itens como queda no número de novos casos, na quantidade de mortes por dia, além da desocupação das UPAs e leitos de UTI são as coordenadas utilizadas pela Prefeitura de João Pessoa para justificar as etapas de reabertura. A terceira fase da flexibilização na cidade começa na segunda-feira (13).
Ele afirmou que a capital tem vivido uma ‘tendência descendente’ na luta contra o novo coronavírus, após números alarmantes em maio. O termo utilizado por ele quer dizer que o número de casos e outros pontos estão em queda, o que faz com que medidas de flexibilização sejam executadas.
O médico, que coordena a Central de Orientações contra a Covid-19 da Prefeitura de João Pessoa, disse que a quantidade de novos casos confirmados, por exemplo, chegou a ser 430 confirmações em maio, mas entre os meses de junho e julho apresentou dias com pico de 230 novos casos, o que representa uma redução de 46,5%.
Quatro indicadores, segundo Felipe Proenço, são utilizados pela Prefeitura para justificar o avanço ou recuo das etapas de flexibilização: queda no número de novos casos confirmados; desocupação dos leitos de UTI; mortes diárias por Covid-19 e desocupação das Unidades de Pronto Atendimento (UPA).
“Maio tivemos os índices mais altos. Chegamos a 71% nas UTIs e 430 casos por dia. Hoje temos índices bem menores nas UTIs e UPAs, além de 230 casos por dia, o que mostra uma queda nestes números e faz com que a prefeitura flexibilize alguns segmentos. Mas, é preciso observar que os índices são constantemente analisados e os resultados é que vão avaliar se as medidas avançam ou regridem”, disse Proenço, durante transmissão ao vivo da Prefeitura de João Pessoa nesta sexta-feira (10).
Em relação ao número de mortes por dia, de acordo com o Painel Covid-19 da Prefeitura de João Pessoa, a cidade chegou a ter até 16 pessoas morrendo em decorrência implicações provocadas pelo novo coronavírus. Atualmente, a média é inferior a três mortes por dia.
A ocupação dos leitos de UTI em João Pessoa, até quinta-feira (9), tinha o percentual de 64,5% e as enfermarias, 44%. Na Região Metropolitana, os números são 63,6% de UTIs ocupadas e 35,7% de enfermarias com pacientes em tratamento.
A preocupação, como afirmou Felipe Proenço, é com a interiorização dos casos da Covid-19, já que segundo o médico, os números mostram uma redução em João Pessoa, mas algumas cidades da Região Metropolitana e o interior do Estado continuam com percentuais constantes. O prefeito Luciano Cartaxo disse que atualmente, a Capital atende pacientes de 64 municípios, que fazem parte da 1ª Macro Região de Saúde.
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